sexta-feira, 20 de março de 2015

Como o socialismo gramsciano está destruindo a Civilização Ocidental II – A Revolução Sexual


Nos últimos anos temos observado mudanças drásticas no comportamento da população brasileira. Casamentos desfeitos com rapidez, adolescentes entrando cada vez mais precocemente na vida sexual, banalização das relações afetivas e acesso fácil a filmes explícitos. Gradativamente, a sociedade mundial se abriu para a sexualidade desvinculada do casamento, e quotidianamente, as pessoas hoje mais parecem agir como animais no cio do que como seres racionais. Assim como o feminismo e a ideologia de gênero, também a revolução sexual contribui significativamente para o avanço da cultura da morte no mundo através da desagregação familiar. Neste artigo, vamos apresentar o desenvolvimento desta revolução, suas consequências sobre a vida das pessoas, e a sua raiz marxista.
No outro artigo desta série, destacamos que a doutrinação marxista segundo Gramsci, deveria ser feita através de um trabalho gradual de mudança na cultura da própria sociedade e não através da luta armada. Seus representantes deveriam adotar estratégias ideológicas precisas, alterando o comportamento hegemônico, a fim de que as pessoas pudessem aceitar o socialismo naturalmente. As mudanças na sexualidade já podem ser notadas. Um movimento que surgiu na década de 60 contribuiu muito para que houvesse esta alteração de mentalidade ocidental. Tendo o sexo livre como bandeira principal, advogavam contra a castidade e o matrimônio, considerando estes como produtos da opressão aos sentimentos naturais. Segundo seus seguidores, era necessária a “libertação” do corpo movido pela moral do sistema “opressor” capitalista. Seu principal lema era “paz e amor”, não-violência e sexo livre.
O movimento hippie que descrevemos acima, possuí raízes marxistas, porém, com caraterísticas mais próximas daquilo que Gramsci pregava. Eram contra o capitalismo, a propriedade privada e a delimitação de fronteiras. Defendiam os prazeres sem limites por considerarem o paraíso como sendo o momento presente e nada mais além (Paradise Now). Criticavam a abstinência, a castidade, o ascese e o controle sobre concupiscível, típicos da vida cristã, defendiam liberdade sexual e advogavam por relações abertas e pelas práticas hedonistas que não se limitavam apenas à busca do prazer sexual mas também através do uso de drogas e alucinógenos.
Por não acreditarem na existência de um Deus, buscavam viver independente de regras, este aspecto em especial fomentou a rebeldia de muitos filhos que em busca de uma pseudo-liberdade, deixavam suas famílias e lares para se juntarem ao grupo dos “descolados”. Em busca do prazer momentâneo, pautado sobretudo na descrença da vida eterna, se entregavam aos vícios unindo-se às comunidades separadas e vivendo de bens produzidos artesanalmente. Nessa época, muitos artistas se integraram a este modo de vida, expressando suas ideologias através de músicas no ritmo do Rock. Neste momento surge um lema famoso que atravessou épocas: sexo, drogas e rock and roll. Muitos até hoje, apreciam as músicas com os lemas oriundos destes grupos e sequer se dão conta das ideologias por trás das mesmas, é o que ouvi pouco tempo atrás em uma rádio de músicas sertanejas, com comentários sobre a vida de John Lennon. Não há nada de errado na defesa da paz, o grande problema é o que está por de traz desta defesa, ou seja, uma “paz sem Deus”, conforme defendiam os componentes do movimento. Este jargão inclusive, tornou-se uma insígnia da época. Mas diante de tudo isso perguntamos: é possível que exista uma paz sem Deus?
O mundo contemporâneo aprendeu bem como agir em busca do prazer, mas apesar da suposta “liberdade” oferecida em nossos dias é cada vez mais crescente o número de pessoas infelizes. Isso acontece porque imerso num mundo materialista e cegados pela engenharia social existente, as pessoas não conseguem compreender a essência humana, composta de uma carne que nos liga ao mundo e uma alma que liga o homem a Deus.
Santo Agostinho, em sua obra Cidade de Deus, afirma que o gênero humano vive sob a ordem de dois mundos: um mundo voltado para as preocupações temporais, e movidos então pela carne (Cidade dos homens) e outro dado à vida espiritual e portanto, voltada para Deus (Cidade de Deus). Quando o homem se concentra no primeiro mundo, se afasta das coisas de Deus e passa á viver em função da carne, porém, quando se concentra do segundo mundo, aproxima-se de Deus, e por consequência, sua mente e sua alma se elevam para a sabedoria divina. O principal problema de nossos tempos é o excesso de valor que o homem contemporâneo tem dado ao sentido carnal de sua existência. Os prazeres momentâneos não conseguem preencher aquilo de que a alma necessita, este fato em especial tende a causar uma série de sofrimentos que tem levado nossos jovens cada vez mais a seguir o caminho escuro, cujo fim é o suicídio.
Os valores cristãos da castidade, do matrimônio e das relações sexuais naturais (métodos billings e outros que excluem o uso de contraceptivos) estão sendo gradativamente destruídos. Basta ver como a mídia banaliza estas virtudes através de novelas e outros programas lascivos que pasmem eu, estão sendo apresentados em horário nobre, à vista das crianças. Graças à cultura da morte e o abandono das relações para com Deus, observa-se que até mesmo dentro da Igreja os jovens não procuram o casamento. Certo dia, numa cerimônia de crisma realizada na Paróquia em que participo, o Bispo que presidia aquela missa, pediu que levantassem a mão aqueles que pretendiam se casar futuramente, e para minha surpresa, nenhum jovem levantou a mão. Este fato mostra como o mal da revolução sexual já atingiu os jovens dentro da nossa própria Igreja.
É cada vez maior o número de pessoas frustradas, exatamente porque ainda não encontraram a resposta que buscam para suas almas. A revolução sexual acabou com todas as saídas, basta entrar num site para abrir o e-mail que na página inicial aparecem imagens e palavras de apoio às relações sexuais desregradas. Tudo aquilo que cultura Hippie pregava na década de 60 ainda ecoa de maneira forte em nossos dias. Então o que fazer perante esta situação??? Retomar o que a cultura da morte destruiu, ou seja, voltar à castidade e à procura da Cidade de Deus através dos sacramentos e principalmente, via trabalhos pastorais na comunidade para ocupar a cabeça com os bens celestes, diante da pornografia aberta em todos os lugares. Além disso, é sempre importante ter uma conversa franca e diálogo constante com os filhos a fim de instruí-los no caminho da verdade e da castidade.

Santa Agueda, Virgem e Mártir, rogai por nós na luta contra a revolução sexual 

REFERÊNCIAS
Santo Agostinho, Cidade de Deus. 2 Edição. Fundação Calouste Gulbenkian
Infoescola, Cultura:Hippies. www.infoescola.com/cultura/hippies/
Espaço acadêmico, O marxismo Gramsciano: política e liberdade. www.espacoacademico.com.br/083/83protasio.htm

Nenhum comentário:

Postar um comentário