sábado, 11 de abril de 2015

Orai e vigiai, pois o outro lado não dorme!!


Iniciamos este artigo recordando uma importante passagem da paixão de Nosso Senhor Jesus, apesar de estarmos no tempo litúrgico da Páscoa. Durante a noite da agonia de Nosso Senhor, o mesmo se retirou com alguns de seus apóstolos para rezar (Mt 26,36-40). Chegando ao local, procurou um lugar para rezar sozinho,porém, ao retornar, encontra os discípulos dormindo, diante dos quais profere a seguintes palavras: “vigiai e orai para que não entreis em tentação. O espírito está pronto, mas a carne é fraca”. As palavras e o contexto desse fato, se aplicam diretamente ao momento que vivemos.
Essa passagem, se atualizada para os nossos dias, demonstra o quanto precisamos nos atentar às situações de afronta aos nossos valores, que estão sendo dilapidados cada dia mais rapidamente. Enquanto os discípulos dormiam, Jesus mantinha-se acordado buscando vencer aquele momento de angústia que o levou à dizer que o espírito estava pronto, mas a carne ainda não. Esta situação apresentada pelo evangelista, cabe adequadamente ao momento que vivemos. Enquanto alguns que se dizem cristãos, sequer se dão ao trabalho fazer uma oração ou estudar as escrituras, do outro lado, os inimigos se preparam durante 24 horas para aplicar cuidadosamente um golpe sobre os nossos valores.
Em outro artigo aqui deste blog, já expomos que a implantação da cultura da morte em um país tido como “conservador”, requer ações paulatinas e pontuais, levadas a cabo através da imposição de eufemismos nas leis. Assim ocorreu com a famigerada lei “Cavalo de Tróia”, que abriu brechas para a legalização de abortos no país, pagos com dinheiro público. Era também de se esperar que os promotores da cultura da morte não ficassem restritos a esta questão, e assim sucedeu no último dia 12/03 com a publicação de uma resolução no Diário Oficial da União, que garante o acesso de alunos de escolas públicas e particulares aos banheiros destes estabelecimentos, segundo a sua “identidade de gênero”. Apesar de não ter força de lei, tal resolução dá respaldo para que as escolas possam optar por essa ação.
Diante disso, as consequências serão nefastas, não somente pelo fato de impor “guela abaixo” a alteração de valores na sociedade, mas também pelo constrangimento ao qual muitos jovens ficarão expostos. Imagine se por exemplo, um rapaz que num determinado momento decida ao acordar, adotar um “gênero” diferente e utilizar o banheiro feminino? Pela força deste decreto ele poderá agir assim, e por mais que se afirme o contrário, ele estará agindo de acordo com a lei.Será que os propositores deste decreto não conseguem notar que haverá um grande constrangimento das pessoas que serão obrigadas a viver com essa realidade. E pior ainda, imagine se de repente o rapaz que adotou um “gênero” diferente resolva retornar ao “gênero” anterior naquele momento e abusar da sua liberdade contra as jovens que estão utilizando o espaço no momento? Antes de mais nada, observemos essa evidência para comprovar o que argumentamos anteriormente: A Suécia foi uma das nações pioneiras a implantar políticas deste tipo de banheiro1, e note-se que as taxas de estupros aumentam consideravelmente2, este fato pode explicar em parte os aumentos nesta variável, além de muitas outras que estão influenciando o aumento do crime no país.
Apesar disso tudo, a luta silenciosa para destruir os valores da sociedade brasileira não para por aí. No final do ano passado, por pouco o aborto não foi totalmente legalizado no país por ocasião do relatório do Novo Código Penal. Tentaram passar o texto às pressas, dando-se um prazo de apenas dois dias para que fossem apresentadas emendas ao mesmo. Vale lembrar que naquela oportunidade, os próprios parlamentaras afirmaram que o texto do Novo Código possuía dimensões amazônicas3. Graças às manifestações dos cristãos no Brasil inteiro, e em tempo hábil, houve recuo na proposição.
Os fatos antes apresentados mostram que não podemos ficar dormindo como os discípulos naquele noite em que Nosso Senhor Jesus sentia suas angústias de morte. Devemos além de uma vida pastoral, também procurar nos manter informados sobre os acontecimentos que podem afetar os nossos valores no dia a dia. Enquanto muitos se dedicam unicamente às pastorais, outros estão alertas e vigilantes, buscando a cada dia, novas formas de introduzir sorrateiramente leis e decretos para destruir os valores que construíram a nossa sociedade. Uma vida de oração e inteira vigília é o que o Senhor nos pede, ainda mais nesse momento em que as forças do mal avançam sobre a terra.

Que Deus nos ajude, à manter-nos firmes a constantes na fé



REFERÊNCIAS

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