sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

#Precisamos falar sobre cartilhas confiscadas


Dois fatos importantes marcaram a vida dos cristãos nos dois últimos meses, fatos estes que se contrapõem, e demonstram o grau de avanço da cultura da morte em nosso país. É necessário manter a fé e orar constantemente porque as forças do maligno já encontraram o seu espaço entre nós e progridem de uma forma assustadora. Estamos no tempo do advento e não devemos nos esquecer das palavras deste tempo, que clamam pela necessidade de um estado de constante vigilância e oração. Vamos aos fatos..
O primeiro destes, foi a publicação de uma campanha pela “discussão” do aborto por uma revista famosa. Esta ação contou com o apoio de artistas aclamados pela mídia secular, que deram cada qual seu parecer favorável à descriminalização do aborto, inclusive através de argumentações pífias e infundamentadas. A campanha da revista consiste no incentivo à disseminação de supostos números e pesquisas sobre o tema nas redes sociais, além da divulgação do cartaz sobre o tema por parte dos seus leitores.
O outro fato que também teve grande repercussão nos blogs cristãos (isso mesmo somente nos meios cristãos, visto que a mídia secular faz questão de abafar este tipo de informação), foi o confisco de cartilhas de bioética, distribuída a professores de Ensino Religioso num fórum realizado sobre este tema no mês de Março. Esta mesma cartilha foi distribuída durante a Jornada Mundial da Juventude realizada no Brasil em Julho do ano passado. O confisco foi realizado mediante uma denúncia junto ao Ministério público, naquela ocasião, argumentou-se que a citada cartilha possuía conteúdo machista e homofóbico.
Salta aos olhos de qualquer pessoa que detenha de um mínimo de senso moral, observar a forma adversa no desfecho destes dois fatos. No primeiro caso, é óbvio que sendo o aborto um crime (na verdade um homicídio), este deveria ser tratado como tal e a sua apologia também deveria ser investigada, sem contar que o artigo da revista era bastante tendencioso no sentido de mostrar a necessidade da legalização do aborto sem dar espaços aos argumentos pró-vida, como ficou bem ressaltado em um artigo do jornal Gazeta do Povo.
No outro plano, observamos a que grau chegou a perseguição aos cristãos neste país, apesar das duras lutas do seu povo para combater este mal. O caso do confisco das cartilhas pró-vida mostra bem este lado. Este material continha fundamentações científicas bastante claras, e que demostravam os efeitos nefastos do aborto e dos métodos contraceptivos sobre a dignidade da pessoa humana. Apesar de todos os esforços, a cartilha foi censurada e de quebra os fóruns de Ensino religioso não serão mais realizados.
Eis as conquistas da cultura da morte. De um lado, um artigo tendencioso sobre o aborto publicado numa revista não recebe qualquer sanção, mesmo se tratando de defender o homicídio de um inocente, por outro lado, uma cartilha que procura esclarecer os jovens sobre o assunto, através de bases bem fundamentadas é tratada como criminosa. O que se esperar da sociedade brasileira neste momento? Pelo visto estamos caminhando mesmo à passos largos em direção à inversão de valores e à decadência moral.
Se querem discutir o aborto tudo bem, mas vamos tratar do tema com imparcialidade dando condições para que as pessoas que pensam diferente possam manifestar a sua posição, sobretudo, sem esconder ou censurar a verdade.

Que Deus nos ajude a vencer os avanços da cultura da morte no Brasil

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Como o socialismo gramsciano está destruindo a Civilização Ocidental I – O Feminismo


Não há nada que um Socialista almeje mais do que a luta de classes. Essa luta preconizada inicialmente por Karl Marx e aperfeiçoada pelos seus seguidores, visa fortalecer a segregação na sociedade familiar a fim de que se possa abrir caminho para a imposição dos seus ideais. Deve-se criar um ambiente de constante hostilidade entre homens e mulheres, e entre pais e filhos para garantir o avanço da ideologia. Neste primeiro artigo da série, vamos esclarecer a forma encontrada pelo socialismo para colocar as mulheres contra os homens: o feminismo.
Os ideais Socialistas ganharam força no Ocidente graças à estratégia de Antonio Gramsci. Segundo este, a inserção do esquerdismo na civilização ocidental somente seria possível pela mudança na estrutura desta sociedade, a fim de que essa pudesse à longo prazo, aceitar e buscar o Socialismo como forma de organização política e social. A destruição da estrutura predominante seria condição sine qua non seus ideais não poderiam avançar, é neste contexto que surgem as diversas formas de segregação social, entre elas o feminismo.
Outro comunista (Nietzche) já afirmara que para se construir algo novo antes seria necessária a destruição da estrutura preexistente, é exatamente a partir desta afirmação, que se observaram os avanços da ideologia de esquerda sobre a sociedade Ocidental. Falando especificamente sobre o feminismo, nota-se antes de tudo que o seu avanço, apenas tornou-se possível graças à desconstrução do papel da mulher dentro da família e da sociedade. Vendeu-se a ideia de que a mulher é uma mera peça de subversão dentro do modelo familiar capitalista. Esclarecemos esta ideia agora com mais detalhes.
Segundo a lógica feminista, as mulheres se encontram à margem da sociedade, trabalhando para manter o sistema capitalista em pleno funcionamento. Costumam com frequência alegar que o sistema às relegou uma posição secundária, colocando-as em funções acessórias que não tem valor para a sociedade, entre as funções consideradas “insignificantes” estão as seguintes:cuidar da casa, do marido e dos filhos.
Uma das argumentações mais proeminentes propagadas nos meios feministas, é a de que a sociedade ocidental, desde a ascensão do capitalismo ficou dividida em duas esferas: a pública e a privada. A esfera pública, composta basicamente por homens, compreende a maior parte das relações sociais, estas relações se estabelecem através do trabalho, da política e da religião. Na esfera privada encontram-se as relações familiares (mães, pais e filhos), que ficam sob a responsabilidade exclusiva das mulheres, e sendo assim, estas representariam a maioria neste segmento.
No contexto das argumentações anteriores, depreende-se que as mulheres deveriam sair deste estado de subversão e buscar sua inserção na esfera pública, e sendo assim, as funções familiares (filhos, casa e marido) poderiam ser terceirizadas, procrastinas ou até mesmo eliminadas, a fim de garantir o seu “acesso” na esfera pública.
As feministas sustentam ainda que o sistema capitalista, às transformou em propriedades dos homens, uma vez que estes trabalham para sustentá-las. Fomentam ainda a ideia de abstenção ao matrimônio, uma vez que para serem “livres” não deveriam casar-se para não correr o risco de se tornarem propriedade dos seus maridos, e vão mais além, ao afirmar que sendo “independentes” e geradores da vida dentro de si, podem decidir o momento certo para terem os filhos, sendo lhes facultada inclusiva a opção pelo aborto, visto ser este um direito que elas devem ter sobre seus próprios corpos.
Considerando a primeira argumentação, de que o sistema capitalista promoveu a divisão de trabalho entre homens e mulheres, podemos evidenciar por um aspecto bem claro que esta não possuí fundamentos, senão vejamos. Nas tribos indígenas, por exemplo, aonde jamais ocorreu qualquer contato com o sistema capitalista sempre existiu divisão de tarefas, ou seja, os homens saem para caçar e as mulheres cuidam dos demais afazeres na tribo (plantio, cuidado dos filhos e da alimentação dos homens). Até mesmo os judeus que escreveram o Gênesis já notaram esta distribuição natural ao relatar que pelo pecado original, ao homem foi dada a função de trabalhar a terra e colher o pão através do suor do seu rosto e à mulher as dores do parto.
O principal propósito desta teoria implementada pelo feminismo é justamente promover a segmentação entre homens e mulheres, dando a entender que aos homens é dado o “privilégio” da participação social enquanto estas ficam relegadas à meras empregadas confinadas em suas casas cuidando do seus filhos. É justamente aqui que ocorre a desconstrução. As próprias feministas sustentam que o cuidado dos filhos e do lar seja algo sem qualquer valor, e que portanto, não deveria ser relegado às mulheres, no entanto, no contexto familiar cristão, o cuidado do lar e dos filhos possuí um valor maior até mesmo que o da produção propriamente dita.
Não estamos com isso afirmando que as mulheres devam permanecer a vida inteira confinadas em suas casas sem buscar o trabalho fora dela, pelo contrário, as mulheres possuem sim condições para serem inseridas no mercado, e devem ser respeitadas por isso, entretanto, assim como os homens não podem deixar de participar de sua essência natural, que se estabelece pela vida matrimonial e familiar, bem como nos cuidados dos filhos respeitando as suas características naturais inerentes (gravidez, amamentação e os demais cuidados).
É notável portanto o esforço dos ideólogos socialistas ocidentais, para fazerem frente à destruição da família através da desfiguração do papel da mulher no matrimônio. Cabe lembrar por fim que essas mudanças têm causado impactos bem profundos sobre a sociedade, basta ver a redução das taxas de fecundidade e de casamentos nos últimos 60 anos, período este considerado como de ascensão dos ideais feministas. Todo o magistério trazido pela Igreja, tratando do matrimônio ao longo de anos está sendo gradativamente solapado por conta desta ideologia destrutiva, cabe a nós, alertar nossos irmãos e reforçar o sentido do matrimônio na catequese e nos grupos de nossas Igrejas.

Que Deus nos dê forças para defender a instituição familiar.
São João Paulo II rogai por nós....

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Presépios, novenas e mais questionamentos protestantes



Ah o Natal! não há uma só alma que por mais relutante, seja capaz de resistir aos encantos desta festa, até mesmo os mais céticos se deixam fascinar de alguma forma pela formosura das casas, ruas e Igrejas enfeitadas e iluminadas. Para completar os adornos típicos desta época, os símbolos e as figuras relacionadas ao nascimento de Jesus Cristo também se fazem presentes, e não é para menos, haja vista que ao lado da Páscoa, é a festa mais importante do cristianismo.
Para alguns, o momento é mais propício às compras e ao consumo do que para a oração e a reflexão, por este e outros motivos, a figura do “bom velhinho”, vem gradativamente substituindo aquela imagem simples da Sagrada Família perplexa diante do nascimento do salvador, disputando espaço entre os animais num estábulo pouco abastado. É nesse contexto que se observa a desfiguração do real sentido desta festa, sentido este que vem perdendo espaço para uma nova forma de idolatria: o consumismo desenfreado.
Para os mais religiosos e fervorosos esta festa não pode passar em branco. Muitos destes, por mais modestos que sejam, se dedicam a enfeitar suas casas com luzes, presépios e figuras representando o nascimento de Jesus, sem falar na preparação espiritual configurada nas famosas novenas de Natal. Surgem também nesta época (como era de se esperar), diversos questionamentos por parte dos protestantes, dos quais se destacam os seguintes:- Todos os lugares que passo agora tem presépios, aonde está escrito na bíblia que as pessoas devem fazer presépios, isto é inclusive condenado por Deus. E Novenas, Deus nunca mandou fazer novenas de Natal qual o fundamento bíblico dos Católicos para fazê-la??.
O Pe. Paulo Ricardo, em uma de suas aulas mostra que perguntas como estas, já se apresentam de forma errada, afinal, para nós católicos nem tudo o que norteia a nossa fé precisa estar na bíblia. Para uma explicação eficaz sobre o assunto precisamos dar uma fundamentação baseada na fé católica, que encontra respaldo na Sagrada Tradição e no Sagrado Magistério. Vamos então tratar de cada tema particularmente, iniciando pelo uso de presépios, passando posteriormente para as novenas.
Muito bem, em primeiro lugar, cabe explicar que os presépios são antes de tudo, imagens que representam o nascimento de Jesus. Alguns protestantes não cansam de afirmar que o uso de imagens pelos católicos configura pecado de idolatria, fundamentando sua argumentação na passagem do livro do Êxodo (Ex 20,3-4), porém, negligenciam outra passagem em que Deus ordena a confecção de uma serpente de bronze (Números 21,4-9) para salvar o povo da idolatria que cometeram ao adorar um bezerro de ouro.
Com relação a esta acusação, cabe observar ainda que a palavra idolatria, vem do latim idolus, termo este, derivado do gregoeidolon, que significa, imagem ou objeto ao qual se atribui vida e poderes próprios. A Igreja Católica nunca aprovou a idolatria, inclusive, tal prática é condenada e considerada como pecado grave (CIC, 2112, 2113, 2114). Idolatrar significa colocar um objeto qualquer no lugar de Deus criador, fato este que não se encaixa no caso das imagens sacras da Santa Igreja, visto serem estas apenas uma representação, tal como uma foto de um parente querido que serve para ser lembrada e não adorada.
A tradição de montar presépios tal como conhecemos hoje, teve sua origem em 1223, sendo que a primeira representação foi criada por São Francisco de Assis, cujo objetivo era justamente o de retratar a forma simples e modesta que o Salvador nasceu. Apesar disso, observa-se que já nos primeiros anos da era Cristã, os fiéis da Igreja procuravam descrever o nascimento do Salvador através de imagens (pesquisar sobre as Catacumbas de Pricila).
Com relação às novenas, começamos explicando a sua origem histórica baseada na Sagrada Escritura, mais especificamente no livro dos Atos dos Apóstolos (At 1,1-11), em que se apresenta a passagem da Ascensão do Senhor aos Céus. Teólogos e historiadores afirmam que entre a Ascensão e o Pentecostes passaram-se 9 dias, sendo que neste intervalo, a comunidade cristã ficou reunida em torno de Maria e dos apóstolos em assídua oração (At. 1-12-,14). Portanto, as novenas sempre fizeram parte da devoção cristã desde o início, e com este gesto procuramos repetir a manifestação de fé dos apóstolos conforme a passagem acima descrita.
Considerando o fator espiritual, deve-se observar que as novenas levam os cristãos à oração persistente, perseverante e incessante. Assim como Maria e os apóstolos reunidos durante nove dias no Cenáculo em Jerusalém em perseverante oração, aguardando a graça maior (O Espírito Santo), também nós católicos nos reunimos em casa, na Igreja e até mesmo à distância, durante 9 dias para clamar as graças espirituais necessárias para as nossas vidas.
Nota-se portanto, que tanto o uso de presépios quanto as novenas de Natal configuram exercícios espirituais Católicos, que tem como objetivo a manifestação pública da fé e a intensificação das orações respectivamente. A verdadeira idolatria desta época é o desvio do nosso valioso tempo que deveria ser destinado à oração e a reflexão, para as compras excessivas. É óbvio que com isso não estamos condenando as compras de Natal, apenas estamos demonstrando que toda as nossas ações merecem temperança. Segue abaixo um plano espiritual para um Natal Santo e Cristão:

1-Montar um Presépio modesto em casa;
2-Participar das novenas de Natal com sua comunidade (condomínio, rua ou Igreja);
3-Buscar a confissão antes da Santa Missa de Natal;
4-Participar da Santa Missa de Natal;
5-Fazer pelo menos uma obra de caridade.
Deus abençoe a todos, e que façamos um Natal verdadeiramente Santo

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Por que precisamos defender a vida agora e não amanhã?


O processo para implantação do aborto no mundo (e também no Brasil) não se deu de maneira instantânea, antes desenvolveu-se de forma lenta e gradual até invadir os meios que há alguns anos atrás seriam considerados "impenetráveis". Apesar das grandes conquistas obtidas pelos militantes pró-aborto, é de conhecimento de todos que a Igreja Católica segue (para eles) como um entrave à ser eliminado o mais rápido possível, antes que os seus fiéis se levantem e façam cair por terra todo o avanço promovido até o momento.
O Professor Felipe Aquino, em uma de suas palestras em favor da vida, lançou mão de uma parábola bastante conhecida para explicar os avanços estratégicos da cultura da morte no Brasil. Segundo ele, o sucesso conquistado pela agenda abortista na atualidade pode ser comparado à caça de porcos selvagens.
A captura destes animais requer paciência e frieza, o caçador começa pela atração, jogando grãos de milho em determinado lugar, para fazer com que o animal se acostume com o alimento fácil e gratuito, à partir daí basta cercar cada um dos lados dia após dia, deixando um espaço (a porta) para ser fechado oportunamente. Ao final, quando os animais já estiverem dentro do cercado, basta selar a última abertura deixando-os presos para que no momento certo estes possam ser levados ao abate.
Sem dúvida, esta abordagem serve de exemplo para demonstrar como os promotores da cultura da morte (aborto e ideologia gay) conquistaram os espaços e avançaram gradativamente com sua agenda no mundo e agora no Brasil, sem que as pessoas percebessem o que estava acontecendo.
O marco inicial dos ideias abortistas, remonta os primeiros anos da década de 1950, com John Rockfeller III, que passa à dedicar a sua vida e a fortuna da família na resolução do "problema" populacional que segundo ele mesmo, levaria o planeta ao colapso total. Neste contexto, Rockefeller e seus conselheiros notaram que não existia outra forma de reduzir a população em curto-prazo senão através do aborto, e é justamente neste primeiro momento que surgem os primeiros financiamentos em pesquisas para desenvolvimento e disseminação de novos métodos contraceptivos e abortíferos.
Num segundo momento, os precursores da cultura da morte observaram que ainda havia algo à ser feito, é partir daí (década de 70) que os investimentos das fundações filantrópicas passam à ser direcionadas para as pesquisas que pudessem alterar os padrões sociais da família e do papel da mulher na sociedade. Nessa época surgem as primeiras  ONGS feministas.
Hoje, o aborto e a ideologia de gênero já estão presente na maioria dos países que graças ao relativismo moral, abandonaram as restrições e estão aceitando gradualmente essas questões reconhecendo-as inclusive como Direitos essenciais ao bem estar da população, porém, há que se considerar que entre os militantes desta cultura, é unânime a necessidade de destruição da Igreja Católica, considerada por estes como um "gigante adormecido", prestes à ser despertado.
Entre outros motivos, Igreja é temida porque possuí um número grande de sacerdotes formados em duas áreas que são fundamentais para fazer cair por terra qualquer plano dos promotores da morte, estas áreas são respectivamente a Teologia e a Filosofia. Sem falar que os sacerdotes estão dispostos à aceitar qualquer tarefa árdua sem receber remuneração por isto, ao contrário dos abortistas que somente estão dispostos à trabalhar por uma remuneração alta e compensatória.
Apesar de reunir todas as condições para promover um levante, a Igreja se limita à tratar do assunto mais como um doente que procura o médico para ser tratado instantaneamente, do que para se descobrir os fatores que geraram o problema (seus hábitos alimentares e vícios por exemplo). Dito de outra forma, a Igreja tende mais à mostrar sua posição doutrinária sobre o assunto do que trabalhar intensivamente para tentar reconstruir o que está sendo destruído pela cultura da morte.
O momento requer ação dos cristãos em tempo hábil. Temos observado um crescente número de sacerdotes alinhados com a cultura da morte (especialmente a esquerda através da TL) sem que sejam repreendidos pelas autoridades eclesiásticas, além disso, os católicos mais parecem assistir "bestializados" aos avanços promovidos por esta cultura (e até em alguns casos aceitá-las), sem esboçar qualquer reação, mesmo reconhecendo os efeitos nefastos trazidos por esta cultura.
O agir é necessário, pois é sabido que o ano de 2015 será fundamental para o avanço completo da cultura da morte sobre a América Latina. A hora de agir é agora, pois falta pouco para a vitória completa dos militantes anti vida, fazendo menção à parábola do início do artigo diríamos que as cercas já estão postas e faltando apenas a colocação do portão.

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Religião e Salvação


Este artigo que agora vamos apresentar, encerra a trilogia de explanações sobre os fundamentos da fé católica com base nos argumentos propostos neste blog pelo irmão “Ademício”. Na primeira parte, propomos uma explicação sobre a virgindade de Maria, no segundo tratamos da intercessão dos Santos e agora apresentaremos de maneira bastante sucinta, a necessidade e o papel da religião na salvação da humanidade. Segue abaixo a última parte do comentário:
“nem uma religiao tem poder de salvar elas tem obrigaçao de anuncia o que esta escrito na biblia porque jesus e o genesis e o apocalipse o principios e o fim foi jesusque criou tudo”

Muitas pessoas, principalmente protestantes e católicos de “IBGE” gostam de gritar aos quatros cantos, que religião não salva ninguém, ou ainda, que todas as religiões são verdadeiras e que sendo assim, independente de seguir essa ou aquela religião seremos todos salvos se agirmos como verdadeiros cristãos. O ponto de inflexão encontra-se justamente neste última afirmação, afinal, como podemos definir as ações de um verdadeiro cristão?
Muito bem, em primeiro lugar, cabe uma pausa aqui para definir o sentido ou a tradução da palavra religião, segundo o dicionário Micaelis o significado de religião é o seguinte: “Serviço ou culto a Deus; sentimento consciente de dependência ou submissão que liga a criatura humana ao Criador; culto externo ou interno prestado à divindade; Fé; Prática dos preceitos divinos ou revelados”. Em outras palavras, religião pode ser definida mais objetivamente como o conjunto de gestos , práticas e preceitos que conduzem a criatura humana ao criador. É óbvio que os gestos e as práticas variam de religião para religião, mas vamos neste momento nos ater tão somente ao cristianismo.
Para nós cristãos, os preceitos básicos para se chegar à salvação provém de Deus que manifestou a sua vontade num primeiro momento pela boca dos seus profetas, e em seguida através de Jesus seu filho (o verbo que se fez carne), e para que a palavra não se perdesse ali, foi dada a autoridade aos apóstolos, a fim de que estes pudessem levar a boa nova a todos, surge aí um dos pilares que fundamentam a Santa Igreja :a Sagrada Tradição.
Temos então até aí regras bem definidas sobre as ações e práticas que nos levam a salvação através da transmissão apostólica dos ensinamentos de Jesus. Ocorre entretanto que desde o início das pregações, algumas pessoas se desviaram do modelo original, seja pela falta interesse em seguir os ensinamentos de Jesus, seja pela interpretação equivocada do que foi anunciado. Este último fato merece atenção, visto que a partir da chamada “reforma” protestante, intensificou-se o número de seitas, cada qual fundamentada na interpretação particular das escrituras.
Retomando o comentário do irmão protestante e com base no que foi apresentado podemos afirmar que a religião não tem o poder de salvar ninguém se a vontade de estar com Deus não vier do fundo do coração da pessoa, contudo, a religião tem a capacidade de apresentar os meios para que as pessoas possam chegar à salvação, ou seja, podem indicar o caminho e a vontade de Deus.
Todos nós precisamos de um caminho, um sentido para conduzir nossa vida. Sabemos muito bem que se estou em Salvador e desejo chegar em Curitiba terei de procurar meios que me levem ao destino desejado, e para tanto precisarei da orientação correta para se chegar lá, porém, se estiver perdido e tentar por si próprio encontrar o caminho, dispensando qualquer orientação, terei mais dificuldade para chegar aonde quero. Assim também é a religião verdadeira, ela deve mostrar e oferecer os meios para nos conduzir a salvação.
Para finalizar este artigo, e falando especificamente do cristianismo não resta dúvida de que a Igreja Católica é a que melhor indica o caminho, uma vez que mantêm a sua constituição inabalada desde o tempo dos Apóstolos apesar das dificuldades que enfrenta desde o seu nascimento. Sem dúvida, a missão da Santa Igreja é também levar a palavra, mas da maneira correta e não através de interpretações equivocadas.
Indico por fim, dois artigos bem interessantes do nosso blog irmão Fiel Católico que retrata bem essa questão aqui e aqui.

Paz e bem a todos....

terça-feira, 17 de junho de 2014

O tiro de misericórdia contra a lei Cavalo de Tróia!!Ajude a acabar com esta lei, não levará nem dois minutos.


 
Este ano como sabemos será um ano decisivo e de grande importância para nós brasileiros visto que daqui à 4 meses seremos convocados a manifestar a nossa escolha nos representantes e condutores da nossa nação. Entre os representantes, serão escolhidos aqueles que elaboram e formam as leis que sustentam o país.
Pois bem, no ano passado tivemos a confirmação dos interesses dos principais dirigentes do país, que pretendem implantar a cultura da morte a todo custo no país. Um exemplo disso é a lei 12845 chamada de lei Cavalo de Tróia, esta lei, sancionada pela presidente Dilma, e que legaliza o aborto no Brasil (em qualquer caso) por meio da manipulação da linguagem. Aprovada com a desculpa de servir à proteção da mulher, a lei na verdade possibilita a realização do aborto na rede pública em todo o país (para entender o mecanismo por meio do qual a lei legaliza o aborto no Brasil, leia este texto: http://www.votopelavida.com/cavalodetroia.pdf).A portaria 415/2014 do Ministério da Saúde, que regulamentava o preço do aborto foi a prova de que a lei Cavalo de Tróia tinha como fim último a liberação dessa prática nefasta em nosso país.
Chegamos agora ao momento decisivo da luta pela revogação dessa lei. Precisamos enviar e-mails e telefonar ao gabinete do deputado Henrique Alves, presidente da Câmara dos Deputados, para pedir que seja colocado em pauta o requerimento de urgência 10.413/2014, para que o PL 6033/13 (que prevê a revogação da lei Cavalo de Tróia), de autoria do deputado Eduardo Cunha, seja imediatamente votado no plenário da câmara.
Assine esta petição no blog Citizengo e envie um e-mail ao deputado Henrique Eduardo Alves ou telefone para a presidência da câmara por meio dos seguintes números:(61) 3215-8000 / 8004 / 8005 / 8015 / 8016 / 8017 / 8018. Este ato não levará nem dois minutos. Vale lembrar que sendo este um ano eleitoral, a pressão sobre os candidatos será ainda maior, na verdade esta é a nossa chance de vencer definitivamente esta abominação.


Deus nos abençoe.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Explicando a intercessão de Maria e dos Santos


Dando continuidade à série de explicações sobre os fundamentos da fé Católica, à luz dos comentários propostos neste blog, pelo irmão protestante identificado como “Ademício”, e a partir das acusações de heresia publicadas no blog Resistência Católica, trazemos mais um tema que é sem dúvida, bastante recorrente nos debates envolvendo protestantes e Católicos. Seguem abaixo, os comentários dos dois colegas para posterior desenvolvimento do texto:
em hebreus esta escrito que so jesus e o unico intercesor entre deus e os homens tamber a bibla fala que debaixo do sol so foi nos dado o nome de jesus e nem um mais”

9ª heresia:Intercessão aos "santos" e a Maria
Refutação: 1Tm 2.5, “porque há um só Deus, e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”!
Nota: Jesus diz que SOMENTE ele é o mediador!

O texto ao qual se refere o leitor Ademício, é o seguinte: “Jesus, porém, foi encarregado de um serviço sacerdotal superior, pois é mediador de uma aliança melhor, que promete melhores benefícios”(Hb 8,6). Tanto num quanto no outro texto, sentido real da escritura é o de declarar Jesus como mediador exclusivo da nossa salvação. É justamente neste ponto que encontramos a confusão feita pelos irmãos.
A intercessão dos santos e de Maria, em nada ocultam, reduzem ou superam a mediação da salvação oferecida a nós por Jesus Cristo na cruz, uma vez que a primeira depende da última. Em outras palavras, se Jesus não tivesse se oferecido para nos salvar jamais existiriam Santos quiçá alguma intercessão. O que São Paulo busca com estas passagens é enfatizar o caráter pleno da salvação que só encontra a razão de ser pela oferta do sangue do Cordeiro Divino por nós.
O que os irmãos não entendem é que para nós Católicos, nenhum Santo e nem a virgem Maria serão capazes de nos dar a salvação à maneira que Jesus nos deu, entretanto, tendo aqueles morrido em estado de graça, gozam de proximidade muito peculiar com Jesus, e podem sim interceder por nós.
Podemos enquanto vivos aqui na terra interceder uns pelos outros, o que impede então que isto aconteça após a morte??. Sabemos muito bem que a morte não significa o fim para nós cristãos nem tampouco estado de sono profundo ou coma pós-morte, ainda que algumas seitas protestantes defendam esta tese (deixemos este assunto para outro post). Logo, estando ainda mais próximos do Senhor, os Santos podem sim rezar e pedir por nós.
Frise-se ainda, que os Santos não tem o poder de nos salvar, mas podem nos ajudar a obter as graças espirituais que nos são necessárias de duas maneiras:
a) Mostrando o caminho: Quando vejo a imagem de algum santo mártir como por exemplo, Santo Estevão, lembro-me que preciso dar o sangue pela causa de Cristo, mesmo que isto me leve à morte ou ao sofrimento terreno. Quando olho para a imagem de Santa Rita de Cássia, me lembro do exemplo de dedicação e penitência (passou o resto da vida a pão e água) e dedicação na oração, que a levaram à se aproximar cada dia mais de Deus.
b) Intercedendo por nós: assim como nós vivos na terra podemos interceder uns pelos outros, o que impede que depois da morte também não o consigamos. Jesus é a cabeça e a Igreja os seus membros (Ef 1,20-23; I Cor 12), portanto, aqueles que estão na presença de Jesus possuem sim o poder de interceder, pois são membros do corpo cuja cabeça é o próprio Jesus e estão em comunhão plena com ele.
Na passagem de Atos 5,15 vemos que já no início da era Cristã, as pessoas tinham a intercessão como forma de devoção. Cabe ressaltar que os Santos não são capazes de nos ajudar por seus próprios méritos, mas porque gozam da comunhão plena com Cristo.
Portanto, a Igreja reconhece sim Jesus como único mediador da nossa salvação, de modo que nenhum Santo poderá nos salvar, ou se oferecer à maneira que Jesus se ofereceu por nós, contudo, gozando da proximidade com o Senhor, eles podem sim interceder por nós e rezar junto a Deus para alcançarmos a salvação, não através dos bens materiais mas dos bens espirituais.

Obs.: Para se saber mais sobre o conceito de santidade à luz da Igreja, ler o artigo intitulado: Os Santos da Igreja e os “santos” deste mundo.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

URGENTE!!! Enquanto alguns comemoram a revogação da portaria 415 (que regulamenta e estabelece o preço do aborto no Brasil), os abortos continuam.


 
Semana passada observamos à que ponto chegaram os interesses do atual governo. Muitas pessoas não acreditaram que a 12845/2013, mais conhecida como lei “Cavalo de Tróia”, tivesse de fato conteúdo de prática abortista, entretanto, na semana passada todos tiveram a confirmação do fato com a portaria 415 do Ministério da Saúde. Esta portaria, , regulamentou a Lei Cavalo de Troia, incluindo na tabela de procedimentos do Sistema Único de Saúde a “interrupção da gestação/antecipação terapêutica do parto”, fixando o preço do abortamento em R$ 443,40. O mesmo preço de um parto. (Aparentemente, para essas pessoas, a morte e a vida são a mesma coisa.).
Diante da notoriedade que ganhou a portaria, o Ministério da Saúde acabou por revogá-la esta semana (pela Portaria n. 437), sem apresentar nenhuma justificativa. No entanto, a verdade já havia sido revelada: realmente, a Lei Cavalo de Troia foi concebida para disseminar a prática do aborto no Brasil.
Frente a este fato, muitos cantaram a vitória alegando que pela revogação de tal portaria, não haverá mais aborto, entretanto, todos estão muito enganados. Estando às vésperas das eleições, nenhum candidato quer correr o risco de manchar sua campanha com o sangue de crianças inocentes. Tal medida, foi na verdade motivada única e exclusivamente por motivos eleitorais, mas a lei continua lá. Nossa tarefa como cristãos é tentar com todos os esforços possíveis derrubar definitivamente esta lei. Então o faremos?

a) Se você possuí blog ou alguma rede de contato, não deixe de publicar este fato, pois muitos estão comemorando a revogação da portaria, enquanto os abortos continuarão sendo feitos com dinheiro público independente do valor, mas por força da lei 12845/2013;

b)Existe um projeto de lei de autoria do Deputado Eduardo Cunha (RJ) (PL 6033/2013), que revoga a lei Cavalo de Tróia. Para que o PL 6033/2013 seja votado, é necessário pedir aos parlamentares (através de telefonemas e e-mails) para que estes aprovem com urgência o citado projeto de lei;
c)No site Citizengo, existe uma petição pública solicitando a votação do PL 6033/2013;

d)Rezar intensamente para que Deus ilumine este luta para defender as crianças do Brasil.

Deus abençoe a todos que colaboram com esta luta. Neste link, você poderá encontrar os nomes, e-mails e telefone dos deputados para entrar em contato:

https://padrepauloricardo.org/blog/vamos-defender-a-vida

terça-feira, 27 de maio de 2014

Dar palmadas no filho... Não, não pode!! Matar crianças no ventre materno?? Aí sim, nesse caso pode.


 
Semana passada, mais um fato causou polêmica em Brasília. Foi a aprovação do Projeto de Lei 7672/10 na Câmara dos Deputados, mais conhecida como lei da “Palmada” que passará a ser chamada de Lei Menino Bernardo em homenagem ao garoto Bernardo Boldrini assassinado no Rio Grande do Sul. O projeto segue agora para apreciação do Senado.
Sem dúvida, não sou a favor do uso intensivo da força e da violência física para a educação de crianças e adolescentes, pois ainda existem divergências sobre as possíveis consequências e resultados causados pelo uso deste método. Embora eu ainda seja do tempo da “varinha de marmelo”, não acredito que este método seja de todo eficiente, nem completamente dispensável.
O problema central da questão entretanto, recai sobre outro ponto que vai além das possíveis consequências das “palmadinhas”. Chama a atenção que mais uma vez emerge no cenário político, um Projeto de Lei com propósito altamente intervencionista. Com efeito, se aprovada, esta lei abrirá precedentes para que o Estado possa interferir ainda mais na liberdade das pessoas. Não é de se admirar que os principais apoiadores deste projeto sejam representantes de partidos pseudo-comunistas.
Qual a real necessidade desta lei se a violência contra a criança e o adolescente já encontra respaldo no Artigo 5 do Estatuto da Criança e do Adolescente??? Qual será o próximo passo depois disso, a censura de cenas do seriado “Chaves” em que o Sr. Madruga dá “croques”e beliscões nos personagens Quico e Chaves e até mesmo na sua própria filha Chiquinha?. Se estivessem de fato preocupados com as crianças não teriam aprovado a lei 12845/2013 (lei cavalo de Tróia) que na prática legalizou o aborto no Brasil, ou pelo menos teriam oferecido alguma chance para revisão da citada lei, que conforme já manifestaram alguns Deputados, merece retificação.
Além de tentarem interferir na educação escolar dos nossos filhos com propostas estranhas (como foi o caso da discussão em torno do PL 8035/2010 mês passado) surgem agora com esta nova tentativa. O que mais causa espanto é saber que os mesmos militantes e defensores desta lei, são também favoráveis ao uso de dinheiro público para o assassínio de crianças no ventre materno, num país aonde se paga a bagatela de R$ 443,00 (ver aqui) para decretar a morte de bebês em formação, como se estes fossem minerais que não tem vida e que não sentem dor.
Está na hora de tomarmos atenção quanto aos princípios de nossos representes principalmente neste ano em que teremos inclusive eleições presidenciais. Muitos candidatos são verdadeiros lobos em pele de cordeiro, buscam ganhar a confiança dos eleitores afirmando que são contrários aos princípios que ofendem a família e a vida, mas para atender a agenda proposta pelo seu partido, acabam seguindo a direção da cultura da morte.
Neste link, você poder assinar uma petição para que esta lei seja revogada enquanto ainda dá tempo. Reiteramos, não se trata de sermos contrários a proteção da integridade física e psíquica de crianças e adolescentes, mas sim, de não permitir à interferência do Estado em assuntos que são da competência particular das famílias.

Sagrada Família de Nazaré, Rogai por Nós.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Maria realmente teve outros filhos além de Jesus??



O último post publicado neste blog, dedicado à explicação sobre a virgindade perpétua de Nossa Senhora gerou alguns questionamentos de um irmão protestante. A luz destas indagações publicaremos três artigos, dando conta de 3 temas que sempre estão em proeminência nos debates entre Católicos e protestantes. O primeiro destes temas está relacionado à suposta existência de outros filhos de Maria, conforme defendem os protestantes. Segue abaixo o comentário do nosso colega:

eu creio no que esta escrito na biblia maria teve sete vilhos apos jesus se nao crerem nas escrituras estao disendo que jasus mente porque jesus diz examinar as escrituras porque elas falao de mim e cuidar deter nelas a salvaçao”

Cabe ressaltar que nós Católicos também acreditamos na bíblia, afinal foram os apóstolos, bispos e monges da Igreja que durante muitos anos copiaram, traduziram e protegeram as escrituras. Além disso, a Santa Igreja sempre deu suporte necessário aos fiéis através da Sagrada Tradição e do Sagrado Magistério, de tal modo que o povo pudesse compreender de fato os sentidos das escrituras.
Assim aconteceu até o século XVI, quando surgem os primeiros levantes contra a Igreja. A partir daí muitos adeptos do dogma do livre exame das escrituras começaram a interpretar a bíblia à sua própria maneira e passaram a instituir (sem qualquer autoridade) suas próprias “religiões”. Este fato trouxe como consequência a disseminação do relativismo religioso, culminando na multiplicidade de seitas que chegam até mesmo ao absurdo de pregar preceitos totalmente contrários à cristandade (aborto, casamento gay, drogas e etc). Para se ter uma ideia da distância do pensamento dos primeiros protestantes com os de hoje, basta pegar os escritos de Lutero e Calvino sobre a devoção à virgem Maria.
A afirmação do irmão acima, é um exemplo (dentre muitos) do veneno escondido por trás da interpretação independente das escrituras. Entretanto, a partir de observações bem localizadas nas escrituras, podemos levantar fortes evidências para contra-argumentar a proposição apresentada pelo irmão protestante.
A primeira evidência encontra-se na passagem que relata a perda e o encontro de Jesus em Jerusalém (Lc 2,41-52). Neste trecho, os três personagens centrais destacados pelo evangelista são: Maria, José e Jesus, sendo que este último já contava com 12 anos de idade, ou seja, até este momento não há qualquer menção de um suposto irmão de Jesus, mais ainda, se Maria tivesse mesmo 7 filhos após Jesus, ao menos um deles estaria presente neste relato.
O relato da crucificação segundo São João (Jo 19,26-27) também serve para evidenciar a ausência deste suposto irmão de Jesus. Sabe-se que após a crucificação, Maria corria o risco de se tornar uma viúva desamparada (o evangelista não cita São José nesta altura) e sem apoio social, caberia portanto ao seu parente mais próximo, a tarefa de ampará-la após a morte do seu filho. Neste trecho o evangelista destaca a entrega da mãe de Deus ao discípulo amado, que depois à levou para sua casa, logo, concluí-se que não existe qualquer indício dos "irmãos" de Jesus, e até mesmo a bíblia corrobora este fato.
A raiz desta confusão encontra-se nas passagens fazem referência os irmãos de Jesus (Mc 3,31; Jo 2,12; At 1,14; 1Cor 9,5; Gl 1,19). Os irmãos citados pelos apóstolos e evangelistas são na verdade primos ou parentes próximos. Vale lembrar que o contexto familiar da época era bem diferente do nosso. Sabe-se que naquele tempo o Estado não garantia proteção aos cidadãos e portanto, cada pessoa ou família, deveria se proteger da maneira que fosse possível, maneira esta que consistia no convívio e amparo dos parentes mais próximos à fim de que todos pudessem proteger-se mutuamente. 
Neste núcleo de convivência era muito comum denominar "irmãos" aqueles que embora não nascessem da mesma mãe, convivessem juntos. Vemos isto claramente nas passagens de: Gn 11,27; 13,8 quando Abraão chama Lot de Irmão, quando na verdade era seu sobrinho (Gn 12,4-5), ou quando Labão chama Jacó de irmão (Gn 29-15).
Respondendo por fim ao título deste artigo, afirmamos que Maria teve e tem outros filhos sim, e estes filhos de Maria somos todos nós que acreditamos na sua intercessão e na sua geração materna para o mundo espiritual, como nos diz São Luiz Maria Monfort:

                                                                                  “Santo Agostinho, ultrapassando-se a si mesmo e a    tudo o que acabo de dizer, afirma que os predestinados, para se tornarem conforme à imagem do filho de Deus, vivem neste mundo escondidos no seio da Virgem Maria. Lá são guardados, alimentados, sustentados e criados por esta boa Mãe até que ela os gere para a glória após a morte” (Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria, p.36. Monfort, São Luiz Maria)

Portanto, Maria é sim mãe de muitos filhos cuida de cada um, como uma mãe grávida que aguarda ansiosamente o seu nascimento. Nascimento este que se dará no dia em que seus filhos entrarão na glória eterna.

Santa Mãe Virgem e puríssima, Rogai por nós.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

A Virgindade de Maria e os erros escondidos por trás do dogma do livre exame da bíblia



A parte do texto abaixo refere-se à uma acusação contra um fundador de um blog católico e é muito útil para apresentar a realidade sobre os assuntos relacionados à fé católica. Como se observa, o comentarista acusa a Igreja Católica de heresia por conta do Dogma da virgindade perpétua de Nossa Senhora, vejamos o comentário abaixo:

1ª heresia: Virgindade de Maria
Refutação: Mt 1.25 “E(José)não a “CONHECEU” até que deu à luz seu filho(Jesus), o primogênito; e pôs-lhe por nome Jesus”.
Nota: De acordo com o Aulete Digital, a aplicação mais prática da palavra “CONHECER” no texto de Mt1.25, é: Ant. Ter relações sexuais com [td.: Só conheceu a mulher depois de casado.]

Muito bem, essa argumentação apresentada pelo irmão protestante nos propõe antes de tudo, duas importantes reflexões sobre os males que estão por trás do dogma da Sola Scriptura, e do livre exame das escrituras, incitadas por Lutero. Em primeiro lugar, se o que vale é somente o que está na bíblia (que sempre foi protegida, traduzida e mantida pela Igreja Católica), então pergunta-se, aonde está escrito que Maria teve relações com São José??? O que a sentença acima está afirmando é somente que José não conheceu (não teve relações conjugais plenas com) Maria até o dia em que ela deu a luz ao seu filho Jesus.
Segundo, além de não constar em nenhuma outra passagem bíblica a afirmação de que Maria e José tiveram relações, também esta sentença não garante que assim o ocorreu, e este fato pode ser comprovado a partir de outro texto bíblico. No segundo livro de Samuel (II Sm 6,23), temos um bom exemplo do sentido usado na sentença em tela, assim diz o texto: “Mical, filha de Saul, não teve filhos até o dia de sua morte”, se utilizarmos a mesma lógica do irmão protestante, incorreríamos em erro ao afirmar que Mical teve filhos mesmo após a sua morte o que é incoerente.
O grande problema do dogma da livre interpretação da bíblia é justamente este. Para os protestantes , a bíblia é a única regra de fé, contudo, ao abordar temas complexos como o apresentando acima retiram alguns trechos isolados da Sagrada Escritura, e apresentam da maneira como o interpretam, todavia, vale lembrar que a palavra de Deus não é passível de contradição, e usando portanto, a analogia do texto no parágrafo anterior consegue-se mostrar que o irmão protestante equivocou-se ao interpretar esta passagem.
Não existe heresia neste caso, o que ocorreu na verdade foi erro de interpretação e construção lógica que levou o irmão (separado) a propagar os equívocos do seu entendimento induzindo outros ao mesmo erro. Usando o mesmo argumento propomos uma análise do significado da palavra HEREGE, segundo o mesmo aulete digital:

HEREGE
1.Pessoa que professa ou sustenta alguma heresia. []
HERESIA
1.Doutrina que se opõe ao que a Igreja estabelece em matéria de fé.
IGREJA
4. Rel. Catolicismo [Ger. com inicial maiúsc. nas acps. 2, 3 e 4.]
Note-se que herege, é aquele que sustenta alguma heresia, e heresia é doutrina que se opõe ao que a Igreja estabelece como matéria de Fé. O termo Igreja (com I maíusculo), diz respeito apenas a Igreja Católica Apostólica Romana, portanto, a única heresia demonstrada aqui partiu do protestante não da Igreja Católica que sempre protegeu o povo Santo das inúmeros ataques de hereges ao longo de sua história. Neste ponto, até mesmo o dicionário digital utilizado como arma pelo protestante concorda.

sexta-feira, 2 de maio de 2014

PNE: A última batalha!!!



No último dia 22 conquistamos uma importante vitória no que se refere à supressão da ideologia de gênero no Plano Nacional de Educação. Conseguimos a retirada dos termos “orientação sexual e gênero” do substitutivo proposto pelo Deputado relator Angelo Vanhoni (PT/PR). Contudo, ficou pendente ainda a votação de mais uma emenda que pede a retirada da terminologia de outro artigo proposto no PNE.
Precisamos portanto fazer valer mais uma vez os nossos direitos democráticos pleiteando aos deputados participantes da comissão que votem pela aprovação da emenda que retira estratégia 3.12 a expressão:
“IMPLEMENTAR POLÍTICAS DE PREVENÇÃO À EVASÃO MOTIVADA POR PRECONCEITO E DISCRIMINAÇÃO RACIAL, POR ORIENTAÇÃO SEXUAL OU IDENTIDADE DE GÊNERO"
O que devemos fazer?
a) Pedir aos deputados participantes da Comissão especial que trata do PNE (http://www.pne.ufpr.br/?page_id=31, para que votem a favor da emenda que retira a estratégia 3.12;
b) Rezar mais uma vez e se possível fazer jejum clamando à misericórdia divina para que a emenda por nós proposta seja aprovada; e
c)Assinar a petição no link à seguir que será enviada aos deputados:http://citizengo.org/pt-pt/6808-pne-sem-ideologia-genero-ultima-batalha.

OBS: Se você mora na cidade do Rio de Janeiro e região, não deixe de participar da Marcha pela vida no dia 04/05 na praia de Copacabana.

Paz e bem à todos!!

sexta-feira, 11 de abril de 2014

PNE: a saga continua

O momento ainda é de grandes batalhas contra as mudanças no Plano Nacional de Educação que determina as metas e as diretrizes para a educação nos próximos dez anos. A votação foi adiada para o dia 22 de Abril (primeira terça-feira depois da páscoa). Sem dúvida, quanto mais o tempo passa, maiores serão as pressões para a aprovação do Projeto.
O centro dos debates ainda é o substitutivo proposto pelo Deputado Vanhoni do Paraná (PT-PR) que prevê novamente a inclusão da proposta de igualdade de gênero e orientação sexual. Este substitutivo se aprovado, implicará na obrigatoriedade da promoção da ideologia de Gênero em todas as escolas do Brasil.
Com o novo adiamento, surge novamente a necessidade de participação e mobilização dos cristãos em prol da família tradicional. Como os cristãos e defensores dos princípios da família, não podemos deixar de agir. As nossas ações deverão ser as seguintes:
a) Dar publicidade aos fatos: se você tem blog ou é participante de redes sociais e meios de comunicação não deixe de apresentar esta situação, além disso, devemos deixar claro aos nossos leitores as implicações da aprovação deste plano e suas consequências.
b) Pedir para que os deputados votem contra a ideologia de Gênero: Sabe-se que o projeto encontra -se em fase de análise e aprovação por uma comissão especial que trata do plano nacional de educação. A ligação é gratuita no 0800 619619, dígito “9”, basta pedir que seja enviada uma mensagem ao deputado do seu estado que participa desta comissão especial para que este vote contra o substitutivo do relator no que condiz a questão do gênero e orientação sexual. Se preferir ligue diretamente para o gabinete do Deputado.
c) Assinar urgentemente a petição o link a seguir :www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado.
d)Oração: Rezar intensamente pedido a Jesus misericordioso e Maria Santíssima para que este projeto não seja aprovado na forma que se pretende (com aceite do substitutivo).

No dia 20 de Abril celebramos a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo e sua vitória sobre a morte, devemos nos esforçar também para no dia 22 celebrar esta vitória sobre a vida.

Paz e bem a todos!!

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Outra vez a Ideologia de Gênero



Mais uma vez as escolas públicas do Brasil inteiro estão sendo ameaçadas pela ditadura do gênero. Entretanto, o título deste blog já demonstra quais são os seus princípios e o que defendemos.  Defendemos a vida no sentido de promover e informar os leitores sobre as movimentações políticas que afetam a vida humana (proposições de leis pró-aborto) além é claro de promover a mobilização contra o conjunto de ideologias que buscam inserir a chamada “cultura da morte”; defesa da Igreja, trazendo uma série de questões de discussões sobre os fundamentos da fé Católica, e por fim,a defesa da verdade, que se resume basicamente na demonstração fiel dos fatos muitos vezes maquiados e manipulados, sobre isso comenta o filósofo Olavo de Carvalho: “Moderação na verdade é serviço prestado à mentira”.
É chegada a hora de nos mobilizarmos mais uma vez. Como se sabe e já apresentamos outro post de mobilização que existem uma série de projetos de leis que podem afetar diretamente a vida da geração atual e futura. O projeto de lei 8035/2010 que propõe uma série de mudanças na educação brasileira é um destes, entre outras coisas, este projeto prevê prevê a adoção de políticas de prevenção à evasão motivada por preconceito e discriminação racial, por orientação sexual ou identidade de gênero, ou seja, mais uma vez a ideologia de gênero toma frente nas decisões políticas (para saber mais sobre a ideologia de gênero acessar:https://www.padrepauloricardo.org/blog/tag/443-ideologia-de-genero).
O que fazer??? Não existe outro meio senão impedir a introdução destes  e outros conceitos fazendo valer nossos direitos democráticos, ligando e mandando e-mail para os deputados do seu estado pedindo que estes votem contra a inserção da Ideologia de Gênero no Plano Nacional de Educação , além de pedir para que os deputados da Comissão especial que trata do assunto para que votem contra o substitutivo do Deputado Angelo Vanhoni (PT-PR). No mais, temos o dever de assinar a petição no link a seguir:http://www.citizengo.org/pt-pt/5312-ideologia-genero-na-educacao-nao-obrigado. Neste link você poderá verificar também os nomes dos Deputados que fazem parte da Comissão Especial que trata da elaboração do PNE: http://www.pne.ufpr.br/?page_id=31.
O futuro da educação dos nossos filhos depende somente de nós.
Paz e bem a todos!!

segunda-feira, 17 de março de 2014

A origem bíblica do papado


 
Não é de hoje que os protestantes questionam a origem e a autoridade dos papas afirmando que nunca existiu qualquer fato que fundamentasse a instituição do papado dentro da Igreja Católica. Alguns se dignam até mesmo de taxar os católicos de “adoradores do papa” ou de “papistas”. De fato, este é um questionamento muito recorrente e que possui muitas fontes de contra-argumentação, contudo, neste artigo vamos apenas nos ater à respostas baseadas na bíblia, afinal é assim que os protestantes gostam de debater (através da bíblia embora como já explicamos em outro post, não é a única fonte de formação para os católicos).
Em primeiro lugar, vale lembrar que qualquer instituição que se preze necessita de uma organização hierárquica, assim também deveria ser para com a Igreja, uma vez que após a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo os cristãos deveriam continuar sua missão de evangelização. Por este motivo, Jesus convocou e deu autoridade aos seus apóstolos para que estes continuassem a sua missão e a Pedro definiu líder de sua Igreja, ou como podemos ver nesta passagem, a pedra sobre a qual a mesma seria edificada (Mt 16,18), notamos neste versículo, a primeira instituição papal da Santa Igreja.
No evangelho de São João, 21,15-19, observamos que por três vezes Jesus pede à Pedro para que este apascente suas ovelhas, ou seja, para que este conduza o seu rebanho. Vale lembrar que esta passagem precede em pouco tempo a ascensão de Nosso Senhor aos céus e ocorre logo após a sua ressurreição, portanto, seria este o momento de instituir organização na Igreja nascente pois os apóstolos deveriam continuar a missão evangelizadora na terra. Sabe-se que Pastor é aquele que tem a incumbência de conduzir, proteger e velar pela integridade do seu rebanho, além de garantir que nenhuma ovelha se desgarre do mesmo, observamos deste modo que esta declaração de Jesus à Pedro, não foi assim tão ordinária ou corriqueira como exaltam os protestantes.
As escrituras ainda corroboram a autoridade de Pedro na condução do rebanho na passagem de Atos dos Apóstolos 1,12-26. Nesta passagem notamos claramente que a iniciativa para a escolha do substituto de Judas (que nesse caso seria o apóstolo Matias), partiu de Pedro, inclusive notamos nos versículos 21 e 22 que foi Cefas quem definiu os critérios para a escolha dos candidatos: “Portanto, é necessário que escolhamos um dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que Jesus viveu entre nós”. Longo, damos como incontestável a autoridade que Jesus deu à Pedro e as escrituras confirmam este fato.
Nota-se portanto que a instituição de Pedro como o primeiro Papa que posteriormente desencadeou toda a sucessão papal tem fundamento bíblico e não foi algo “inventado” como exaltam os protestantes, contudo, vale lembrar que para os Católicos a Sagrada Escritura não é a única base de fé, mas ficou bem claro neste artigo o fato de que sim, existe respaldo bíblico para a instituição papal.
Deixamos por fim uma questão para os leitores: se a autoridade atribuída à Pedro e aos apóstolos foi dada por Jesus e mesmo assim os protestantes não reconhecem esta autoridade, (haja vista que questionam a liderança papal da Igreja), com que autoridade os pseudo pastores instituem suas seitas, de Jesus ou de si mesmos??? ou mais, quem dá autoridade para que estes se denominem apóstolos ou Bispos??. Deixamos esta e outras indagações para reflexão pessoal dos leitores.