segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Madre Teresa e o Aborto

Conheça o pensamento de Santa Teresa de Calcutá a respeito do aborto


No domingo, 04 de agosto, a Igreja declarou a santidade de Madre Teresa de Calcutá. Reconhecida no mundo inteiro pelo trabalho desenvolvido em atenção aos mais pobres, especialmente na Índia. Madre Teresa, ou melhor, Santa Teresa de Calcutá, ao que poucos sabem, também foi uma das mais proeminentes defensoras da vida no terceiro mundo, declarando-se inúmeras vezes contra o aborto, controle da natalidade e contracepção, sendo por isso, duramente criticada e perseguida.
O contexto presente na Índia à época em que Santa Teresa da Calcutá desenvolvia seu trabalho em auxílio aos pobres e doentes, ajudam a compreender melhor a sua luta em favor da vida. Desde a década de 1950, o país foi alvo de debates entre os demógrafos mundiais, especialmente quando em 1952, fundou-se o Conselho Populacional em Williamsburg, Estado de Nova York, tendo entre seus mentores John Rockefeller III, neto do magnata americano do petróleo, que passou a investir pesadamente em pesquisas e métodos para o controle populacional, dentre eles, o aborto.
Em 1950, a Índia possuía a segunda maior população do mundo (371.857) segundo a ONU, perdendo apenas para a China (550.771). Esta constatação chamou a atenção do Conselho Populacional, que passou a tratar do fato com um problema que colocava em cheque a segurança mundial. Entre 1959 e 1968, o Conselho Populacional começa a investir pesadamente no controle de natalidade por meio da esterilização e desenvolvimento de métodos contraceptivos. É nesta época que se implantam na Índia, fábricas de Dispositivos Intra-uterinos (DIU). Neste ínterim, mais especificamente no ano de 1966, a Fundação Rockfeller, passa a pressionar países de terceiro mundo para que estes assinassem uma declaração reconhecendo o crescimento populacional como um problema grave, a fim de que a ONU também pudesse ver o fato como uma ameaça e se unisse aos interesses das Fundações Ford e Rockefeller. A Índia foi uma das signatárias da declaração.
Em 1971, 8 anos antes de Santa Teresa de Calcutá receber o prêmio Nobel da Paz, o aborto é legalizado na Índia. Ao contrário dos governos e fundações, que imaginavam ser o crescimento populacional a pior ameaça para a humanidade, Madre Teresa considerava o aborto como uma desgraça tão grande que poderia ser tratada como um fator de destruição total do homem mais que qualquer doença ou privação material, senão vejamos uma de suas mais celebres frases sobre o assunto:
“Temos medo da guerra nuclear e dessa nova enfermidade que chamamos de AIDS, mas matar crianças inocentes não nos assusta. O aborto é pior do que a fome, pior do que a guerra.”
No ano de 1974, em pleno ápice do desenvolvimento de pesquisas demográficas e de controle populacional, quando se funda o IPAS, uma instituição privada internacional com sede na Carolina do Norte, cujo principal objetivo é a difusão do aborto clandestino nos países em desenvolvimento, surge um documento denominado relatório Kissinger, que passa a considerar o controle populacional no terceiro mundo, como um fator imprescindível para a segurança dos Estados Unidos.  Para Santa Teresa de Calcutá, ao contrário dos demógrafos, o aborto é a principal ameaça à paz na humanidade:
“Mas eu sinto que o maior destruidor da paz hoje é o aborto, porque é uma guerra contra a criança – um assassinato direto de um inocente – um assassinato pela própria mãe. E se nós aceitarmos que uma mãe pode matar até mesmo sua própria criança, como nós podemos dizer para outras pessoas que não matem uns aos outros?”
Mesmo diante de uma realidade difícil na Índia, com um grande número de crianças abandonadas, Santa Teresa ousou lutar contra a mentalidade então subjacente que começava a mostrar-se em seu tempo, quando emergem opiniões no sentido de que o problema da pobreza deveria ser tratado entre outras formas por meio da contracepção e controle sobre a natalidade. Vejamos o que Teresa de Calcutá respondeu a Malcom Muggeridge, jornalista britânico, quando a questionou sobre o que ela pensava a respeito de pessoas que argumentavam haver muitas crianças na Índia
“Eu não concordo, porque Deus sempre providencia. Ele provê as flores e os pássaros, para tudo no mundo que ele criou. E essas crianças são a sua vida. Não pode nunca ser o bastante.”
Diante de afirmações tão claramente expostas, podemos com certeza concluir que a luta pela vida é importantíssima, e Santa Teresa de Calcutá, melhor que qualquer um de seu tempo, reconhecia que os problemas da pobreza e das doenças no mundo não devem ser tratadas pela morte de um inocente. A vida deve ser defendida em qualquer circunstância, e por isso, louvamos hoje a Deus por ter nos dado a graça de termos mais uma intercessora dos defensores da vida junto ao Pai do céu, rogando por este trabalho que foi considerado pelo Santo João Paulo II, o mesmo que beatificou Madre Teresa, como o mais importante da terra. Santa Teresa de Calcutá, rogai pelos defensores da Vida.

REFERÊNCIAS
2.Texto Cronologia da Cultura da Morte
4.http://pt.churchpop.com/6-frases-de-madre-teresa-de-calcuta-sobre-aborto/

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