domingo, 20 de novembro de 2016

Os Estados Unidos e o Aborto no mundo

Que conseqüências o resultado da eleição nos Estados Unidos tem sobre o aborto no mundo?


   A acirrada disputa pela Casa Branca fez surgir inúmeros questionamentos sobre diversas políticas até então adotadas pelo Governo da maior potência econômica e política mundial. Apesar da influência econômica daquele país sobre o mundo, alguns debates nas redes sociais brasileiras também levaram em conta questões morais como o aborto. Pergunta-se então, qual a importância desta eleição para os demais países no que condiz à defesa da vida humana desde a sua concepção?
   Ainda que muitos se concentrem apenas nos problemas relacionados aos imigrantes e às relações econômicas e institucionais dos EUA com o resto do mundo, poucos ainda se dão conta da gravidade relacionada à influência daquele país em questões morais ou sociais, especialmente a preservação da vida humana. As maiores fundações promotoras de aborto no mundo, por exemplo, nasceram nos Estados Unidos. A liberdade econômica neste país proporcionou o crescimento rápido da renda em grandes corporações americanas. Estas ao longo de sua história perceberam que poderiam ir além das cifras obtidas da exploração dos meios de produção, e que seriam capazes aumentar sua influência sobre outros aspectos, especialmente no âmbito político.
   No início do século XX, nos Estados Unidos começa-se à difundir entre os dirigentes de corporações milionárias, a necessidade de se fazer algo para o bem da humanidade através do uso de suas fortunas. Isto veio à tona principalmente através de uma obra chamada: O Evangelho da Riqueza, produzida pelo empresário Andrew Carnegie [1], partindo da concepção de que os milionários do seu tempo, haviam recebido uma espécie de missão para cooperação do bem comum, fazendo uso das riquezas até então acumuladas. Nesta época, muitos passaram a dedicar-se à atividade filantrópica, com destaque para a Fundação Rockefeller.
   Com o passar do tempo, estas fundações foram adquirindo uma nova configuração, passando a usar do seu poder econômico para influenciar resultados sociais. Daí decorre a grande preocupação e o apego destas instituições no que concerne ao investimento na área educacional. Sob outro âmbito, as fundações Ford e Rockefeller foram ainda, as mais proeminentes investidoras em termos de métodos contraceptivos e de aborto no mundo inteiro desde a década de 1950. O primeiro impulso para as técnicas de controle populacional mundial, foi dado através da fundação do Conselho Populacional em Williamsburg, Estado de Nova Iorque.
   As fundações também gozaram de certa liberdade no âmbito de suas ações e pouco se questionou a respeito das atividades desenvolvidas durante a maior parte de suas existência, apesar das expressivas subvenções oferecidas pelo Governo, tendo em vista o caráter "social" e "benéfico" resultante de seus projetos. As conseqüências dos trabalhos desenvolvidos pelas fundações foram objeto de algumas investigações dentre as quais destaca-se o relatório Reece, um dos poucos que se debruçou sobre o assunto e que demonstrou alguma preocupação relevante com o poder de influência que estas instituições adquiriram ao longo do tempo.
   Superada a questão das fundações, é fato consumado que durante alguns anos houve certo apoio do Governo americano a atividades ligadas ao controle populacional no mundo inteiro, entre elas o aborto. A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), foi responsável pelo desenvolvimento de inúmeros projetos para redução das taxas de natalidade, entre elas destacadamente a esterilização, a contracepção, o aborto e, sobretudo, a difusão do Misoprostrol, uma droga em que as mulheres poderiam provocar o aborto em si mesmas [2]. A USAID foi instituída na década de 1960, durante o Governo de John Kennedy e desde então, vem promovendo diversas ações visando o controle do crescimento populacional a nível global.
   Na década de 1970, o Senador Jesse Helms, compreendendo o teor das atividades anti-vida da USAID no exterior, propôs uma emenda ao Decreto de Ajuda Externa, proibindo o uso de recursos do contribuinte norte-americano para ações de contracepção que incluíssem o aborto [3]. O Presidente Ronald Reagan também contribuiu para que os recursos do Governo deixassem de financiar o aborto no mundo pela aprovação da chamada “Política da Cidade do México”, que esteve em vigor entre 1985 e 1993, revogada por Bill Clinton, promulgada novamente por Bush em 2001, e em 2009, revogada por Barack Obama.
   Uma das maiores promotoras de aborto na história mundial, a Planned Parenthood, que teve entre as suas co-fundadoras, nada menos que Margareth Sanger, a líder feminista, eugenista e proeminente na batalha a favor do aborto seletivo de negros, sobrevive até hoje tendo grande apoio do governo Obama, que por sua vez, já defendeu publicamente o chamado birth-partial abortion, um método abortivo aplicado em bebês com nove meses de gestação. Não foi à toa que ele e sua candidata à sucessão presidencial, comemoraram  o centenário da maior provedora de abortos à nível mundial [4], inclusive algumas notícias dão conta de que a Planned Parenthood, concedeu financiamento expressivo para a campanha de Hillary Clinton à presidência [5].
   Percebe-se portanto, a importância das eleições americanas quando se trata da defesa da vida à nível mundial, e não podemos fechar os nossos olhos à essa realidade. Não estamos com isso firmando apoio ao candidato vencedor, contudo, entre as duas opções, aquela de forma alguma representa a promoção da vida humana tão ameaçada em nossos dias, em seu nível mais frágil, e como o Papa Bento XVI outrora já afirmou, a vida humana é um valor inegociável. God Bless America!!

Se você tem interesse em saber mais sobre o financiamento da cultura da morte, acesse este outro artigo aqui do nosso blog. Deus o abençoe

REFERÊNCIAS
1.http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/um-novoevangelho-da-riqueza-79zo8q4r7vvhucz3ddhfjo0ol
4. http://guiame.com.br/gospel/mundo-cristao/obama-e-hillary-clinton-celebram-o-aborto-mas-pastor-condena-cultura-de-morte.html
5. http://www.acidigital.com/noticias/maior-rede-abortista-do-mundo-precisamos-de-hillary-clinton-na-casa-branca-76614/




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