segunda-feira, 11 de setembro de 2017

A busca impetuosa por uma identidade “construída”: a teoria do gênero e sua imposição sem limites!

A presença cada vez maior da abordagem da temática gênero e a omissão das famílias contribui de sobremaneira para a imposição totalitária desta agenda

   Algo que nenhum cidadão brasileiro pode negar no presente momento é que apesar da supressão das terminologias gênero e identidade sexual, como temáticas obrigatórias no sistema público de educação (federal, estadual e municipal), não será possível eliminar das famílias o fantasma da imposição cultural, se nada fizermos.
   Na sala de uma pobre casa onde vive uma família de classe baixa, ali se encontrará um aparelho televisor ligado, apresentando conteúdos limitados a poucos canais abertos. Nestes mesmos canais onde quotidianamente, a temática do “gênero” é propositadamente inserida em programas de entrevista, nos quais se convidam “especialistas” que não fazem outra coisa senão defender os tênues fundamentos da referida teoria, sem qualquer resquício de rigor científico ou preocupação com a realidade empírica, mas tão somente movidos pelo próprio ativismo inerente ao engajamento na sua luta por uma pseudo igualdade. A maior prova de que programas como estes, não se preocupam com a verdade ou sequer com a diversidade de ideias, encontra-se na ausência de debate entre os convidados que geralmente pertencem à mesma linha de pensamento. Quantos programas se debruçaram em documentar a ruína de famílias dilaceradas pela tentativa de levar experimentos de gênero à prática como o caso David Reimer por exemplo?
   Na poltrona de uma aeronave, enquanto ocorre o translado, os passageiros, formados em grande parte por famílias de classe média, podem abrir uma revista para distrair-se durante as longas horas de viagem até o destino, mas eis que se descobre que a companhia aérea também engajou-se naquela luta, usando do espaço de publicidade para propagar a mesma teoria que afirma ser a opção sexual um construto social estabelecido e portanto, embora toda a sua essência se determine à um sexo, ninguém precisa estar sujeito à imposição biológica, e sendo assim, a todos é dado o poder de escolher dentre as diversas manifestações sexuais, aquela que mais lhe atrai. Para produzir um caráter prático, eis que se apresenta na matéria principal, dois jovens rapazes que se uniram afetivamente e recorreram à adoção de crianças para deste modo, provar que é possível se “libertar-se” da imposição biológica, pois venceram assim o “mau” que a natureza lhe impôs ao coloca-los dentro de um corpo que não era seu, bem como a barreira que impede a reprodução entre pessoas com o mesmo sexo, constituindo assim uma “família”.
   A abordagem do gênero já não é mais uma questão meramente acadêmica, embora esteja fortemente arraigada no sistema universitário se apresentando geralmente como um dogma. Nas escolas, é ela quem continua a orquestrar os debates relacionados ao preconceito, intolerância, violência e apesar da supressão desta temática, legitimada pelo parlamento, continua a ser trabalhada nas salas de aula como se a retirada da obrigatoriedade não tivesse qualquer efeito sobre o sistema educacional. É necessário considerar que esta temática tornou-se bastante difundida, e onde quer que vamos, lá estará, os exemplos acima mencionados demonstram claramente isto. O embate tem seu campo de guerra nas salas de aula, porém, os meios de comunicação em geral vêm garantindo de forma eficaz, e se aproveitando da apatia do povo, a Engenharia Social necessária para a imposição da insana teoria.
   Apesar se tratar de uma “teoria”, o gênero tornou-se uma verdade imutável e sinônimo de combate ao preconceito contra homossexuais. Seus defensores contemporâneos chegam ao absurdo de assumir como o único caminho para acabar com a intolerância, e colocam o “fundamentalismo” judaico- cristão, criador e difusor do padrão heteronormativo como principal culpado pelo retrocesso que dissemina a violência contra as pessoas que sentem atração por indivíduos do mesmo sexo. Muitos cristãos, pouco informados, acabam caindo neste engodo.
   O cristianismo, especialmente a doutrina Católica é inteiramente fundamentada no respeito à dignidade da vida humana, e no que se refere ao homossexualismo, é bastante taxativa ao afirmar que estes filhos tem seu lugar dentro da vida eclesial e portanto, não devem ser excluídos, no entanto, não pode contradizer aos seus ensinamentos milenares entre os quais a necessária e fundamental união matrimonial entre homem e mulher para a procriação e educação dos filhos, numa família onde seja possível o crescimento espiritual e moral. Aos homossexuais é oferecido o caminho a que todos os filhos da Igreja devem perseguir, qual seja: o da castidade aos solteiros, casados e celibatários, cada qual no seu próprio estado de vida. Aos homossexuais é admitida o encontro com Cristo na eucaristia desde que se abandone a prática e busquem uma vida de santidade.
   Um Cristão que por acaso cause violência a um homossexual, está pecando gravemente, indo contra o 5º mandamento (não matarás), se zomba de uma pessoa nesta situação está indo contra o 8º mandamento, e se alimenta o ódio a qualquer pessoa, está a caminho do inferno (Mt 5,22). Portanto, se há violência contra homossexuais, não é na conta do cristianismo que se deve creditar tal realidade, no entanto, a Igreja não deve se omitir em dizer a verdade a esses filhos, pois antes de tudo, preza pela salvação do fiel.
   O que se percebe no entanto é que o cristianismo, apesar de ser o maior defensor da dignidade da vida humana, independente da tendência sexual, é a mais perseguida, justamente por aqueles que representam os grupos que promovem tal ativismo.  As consequências estão aí para demonstrar até que ponto a imposição dos ideólogos pode cercear o direito dos fiéis em exercerem sua fé e conduzir a educação dos filhos conforme os seus próprios preceitos. Vide o caso recente em que pais cristãos chegaram a ser presos por não aceitar que seus filhos recebessem aulas que contradizem sua fé [1].
   Com tantas ações oriundas da mídia e do próprio Governo, aos poucos pretende-se obter o consenso entre a população, para então se introduzir definitivamente leis que podem cercear o direito dos pais sobre a educação dos filhos. A questão é: quanto menos preocupados com a educação dos filhos e com o matrimônio, tanto maior será a força da imposição ideológica, esta por sua vez é potencializada pela preguiça mental, e pela apatia da população em vislumbrar a realidade a respeito de assuntos como este, as pessoas passam assim, a deixar que os ocupantes de espaços públicos, pensem e conduzam as decisões por elas, sem qualquer reação. Não há mais tempo para a inatividade, ou nos preocupamos mais com nossas famílias ou em breve evidenciaremos as consequências dessa omissão.

REFERÊNCIAS
1.https://padrepauloricardo.org/blog/pais-sao-presos-por-nao-aceitarem-ideologia-de-genero

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