A presença cada vez maior da abordagem da temática gênero e a omissão das famílias contribui de sobremaneira para a imposição totalitária desta agenda
Algo que nenhum cidadão brasileiro
pode negar no presente momento é que apesar da supressão das terminologias
gênero e identidade sexual, como temáticas obrigatórias no sistema público de
educação (federal, estadual e municipal), não será possível eliminar das
famílias o fantasma da imposição cultural, se nada fizermos.
Na sala de uma pobre casa onde
vive uma família de classe baixa, ali se encontrará um aparelho televisor
ligado, apresentando conteúdos limitados a poucos canais abertos. Nestes mesmos
canais onde quotidianamente, a temática do “gênero” é propositadamente inserida
em programas de entrevista, nos quais se convidam “especialistas” que não fazem
outra coisa senão defender os tênues fundamentos da referida teoria, sem qualquer
resquício de rigor científico ou preocupação com a realidade empírica, mas tão
somente movidos pelo próprio ativismo inerente ao engajamento na sua luta por
uma pseudo igualdade. A maior prova de que programas como estes, não se
preocupam com a verdade ou sequer com a diversidade de ideias, encontra-se na
ausência de debate entre os convidados que geralmente pertencem à mesma linha
de pensamento. Quantos programas se debruçaram em documentar a ruína de
famílias dilaceradas pela tentativa de levar experimentos de gênero à prática
como o caso David Reimer por exemplo?
Na poltrona de uma aeronave, enquanto
ocorre o translado, os passageiros, formados em grande parte por famílias de
classe média, podem abrir uma revista para distrair-se durante as longas horas
de viagem até o destino, mas eis que se descobre que a companhia aérea também
engajou-se naquela luta, usando do espaço de publicidade para propagar a mesma
teoria que afirma ser a opção sexual um construto social estabelecido e
portanto, embora toda a sua essência se determine à um sexo, ninguém precisa
estar sujeito à imposição biológica, e sendo assim, a todos é dado o poder de
escolher dentre as diversas manifestações sexuais, aquela que mais lhe atrai. Para
produzir um caráter prático, eis que se apresenta na matéria principal, dois
jovens rapazes que se uniram afetivamente e recorreram à adoção de crianças
para deste modo, provar que é possível se “libertar-se” da imposição biológica,
pois venceram assim o “mau” que a natureza lhe impôs ao coloca-los dentro de um
corpo que não era seu, bem como a barreira que impede a reprodução entre
pessoas com o mesmo sexo, constituindo assim uma “família”.
A abordagem do gênero já não é
mais uma questão meramente acadêmica, embora esteja fortemente arraigada no
sistema universitário se apresentando geralmente como um dogma. Nas escolas, é
ela quem continua a orquestrar os debates relacionados ao preconceito,
intolerância, violência e apesar da supressão desta temática, legitimada pelo
parlamento, continua a ser trabalhada nas salas de aula como se a retirada da
obrigatoriedade não tivesse qualquer efeito sobre o sistema educacional. É
necessário considerar que esta temática tornou-se bastante difundida, e onde
quer que vamos, lá estará, os exemplos acima mencionados demonstram claramente
isto. O embate tem seu campo de guerra nas salas de aula, porém, os meios de
comunicação em geral vêm garantindo de forma eficaz, e se aproveitando da
apatia do povo, a Engenharia Social necessária para a imposição da insana
teoria.
Apesar se tratar de uma “teoria”,
o gênero tornou-se uma verdade imutável e sinônimo de combate ao preconceito
contra homossexuais. Seus defensores contemporâneos chegam ao absurdo de
assumir como o único caminho para acabar com a intolerância, e colocam o
“fundamentalismo” judaico- cristão, criador e difusor do padrão heteronormativo
como principal culpado pelo retrocesso que dissemina a violência contra as
pessoas que sentem atração por indivíduos do mesmo sexo. Muitos cristãos, pouco
informados, acabam caindo neste engodo.
O cristianismo, especialmente a
doutrina Católica é inteiramente fundamentada no respeito à dignidade da vida humana,
e no que se refere ao homossexualismo, é bastante taxativa ao afirmar que estes
filhos tem seu lugar dentro da vida eclesial e portanto, não devem ser
excluídos, no entanto, não pode contradizer aos seus ensinamentos milenares
entre os quais a necessária e fundamental união matrimonial entre homem e
mulher para a procriação e educação dos filhos, numa família onde seja possível
o crescimento espiritual e moral. Aos homossexuais é oferecido o caminho a que
todos os filhos da Igreja devem perseguir, qual seja: o da castidade aos
solteiros, casados e celibatários, cada qual no seu próprio estado de vida. Aos
homossexuais é admitida o encontro com Cristo na eucaristia desde que se
abandone a prática e busquem uma vida de santidade.
Um Cristão que por acaso cause
violência a um homossexual, está pecando gravemente, indo contra o 5º
mandamento (não matarás), se zomba de uma pessoa nesta situação está indo
contra o 8º mandamento, e se alimenta o ódio a qualquer pessoa, está a caminho do
inferno (Mt 5,22). Portanto, se há violência contra homossexuais, não é na
conta do cristianismo que se deve creditar tal realidade, no entanto, a Igreja
não deve se omitir em dizer a verdade a esses filhos, pois antes de tudo, preza
pela salvação do fiel.
O que se percebe no entanto é que
o cristianismo, apesar de ser o maior defensor da dignidade da vida humana,
independente da tendência sexual, é a mais perseguida, justamente por aqueles
que representam os grupos que promovem tal ativismo. As consequências estão aí para demonstrar até
que ponto a imposição dos ideólogos pode cercear o direito dos fiéis em
exercerem sua fé e conduzir a educação dos filhos conforme os seus próprios
preceitos. Vide o caso recente em que pais cristãos chegaram a ser presos por
não aceitar que seus filhos recebessem aulas que contradizem sua fé [1].
Com tantas ações oriundas da
mídia e do próprio Governo, aos poucos pretende-se obter o consenso entre a
população, para então se introduzir definitivamente leis que podem cercear o
direito dos pais sobre a educação dos filhos. A questão é: quanto menos
preocupados com a educação dos filhos e com o matrimônio, tanto maior será a
força da imposição ideológica, esta por sua vez é potencializada pela preguiça
mental, e pela apatia da população em vislumbrar a realidade a respeito de
assuntos como este, as pessoas passam assim, a deixar que os ocupantes de
espaços públicos, pensem e conduzam as decisões por elas, sem qualquer reação.
Não há mais tempo para a inatividade, ou nos preocupamos mais com nossas
famílias ou em breve evidenciaremos as consequências dessa omissão.
REFERÊNCIAS
1.https://padrepauloricardo.org/blog/pais-sao-presos-por-nao-aceitarem-ideologia-de-genero
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