terça-feira, 1 de dezembro de 2015

5 motivos básicos para que um Católico seja contrário ao aborto sob qualquer circunstância


Saiba por que um Católico não deve militar jamais a favor do aborto em nenhuma circunstância.


Poucos dias atrás, logo após a aprovação do PL 5.069/2013 na CCJ, lançamos aqui neste blog uma nota de comemoração, congratulação e denúncia, apontando os nomes daqueles parlamentares que manifestaram voto contrário e favorável ao projeto que pretende eliminar todas as brechas legais ao aborto no país. Ocorre que logo em seguida, uma pessoa anônima, lançou uma série de comentários preconceituosos e histéricos neste blog, defendendo o aborto em caso de estupro e inclusive, taxando-nos de apologistas ao crime de violência sexual. O que mais chamou a atenção foi saber que esta pessoa se dizia cristã, e pior de tudo, católica, pois alegava que Nossa Senhora estaria “triste”, por nos envolvermos na defesa da vida. Neste artigo, queremos esclarecer através de 5 argumentações claras que demonstram porque os católicos devem defender a vida sob qualquer circunstância. Vejamos então os pontos principais através da Sagrada Escritura, Magistério e Tradição que apontam para o caso.

1) 5º MANDAMENTO: “NÃO MATARÁS”
Sabe-se que na história da humanidade, o aborto e a eugenia sempre foram tratados de forma normal na maioria das sociedades pagãs, contudo, a sociedade judaico-cristã, jamais tolerou este tipo de prática apesar de não haver qualquer menção explícita nas sagradas escrituras que trate especificamente desta temática. A consideração do aborto como pecado, deve-se à compreensão mais profunda do quinto mandamento da lei de Deus, que pugna pela proteção da vida humana em todos os seus estágios. Em que pese a falta de instrumentos científicos que pudessem oferecer a compreensão acurada sobre os aspectos mais profundos da vida intra-uterina, o aborto sempre foi condenado por ser concebido como um assassinato, e portanto, um pecado grave. Os cristãos dos primeiros séculos através do Didaquê contemplaram de forma mais clara a proibição sobre o aborto.

2) O SAGRADO MAGISTÉRIO DA IGREJA CONDENA A PRÁTICA DO ABORTO
O Magistério da Santa Igreja, apresenta uma série de argumentações contrárias ao aborto. O Catecismo da Igreja Católica, dedica nada menos que 5 itens que dão conta da temática do aborto [1], demonstrando de forma clara a posição da Igreja e dos Católicos fiéis ao magistério, em relação a esta prática, além disso, nesta sequência fica claro que tanto a prática como a apologia direta ou indireta ao aborto tem como pena a excomunhão automática. O Papa São João Paulo II, através da Encíclica Envagelium Vitae não somente condena e denuncia a recorrente prática ao aborto em nossos tempos como incita os fiéis à se levantarem e se organizarem pela Cultura da Vida. O Concílio Vaticano II, foi enfático nessa questão ao afirmar que: “a vida, uma vez concebida, deve ser protegida” [2].

3) OS ESCRITOS E OS TESTEMUNHOS DOS SANTOS
Grandes santos da Igreja deram seus testemunhos e denunciaram a Cultura da Morte presente em seu tempo. Além de São João Paulo II, também, os representantes de patrística exortaram os fiéis à não recorrerem ao aborto, sob pena de condenação. São Basílio de Cesaréia, um dos maiores nomes da corrente teológica denominada patrística, afirmava já em 374 que qualquer pessoa que a pessoa que destrói propositadamente um feto incorre em pena de assassinato [3]. Além dos escritos, a Igreja tem também seus testemunhos de vida como a de Santa Gianna Beretta Mola que preferiu correr o risco de morrer por conta de complicações no parto a abortar.

4) A VIDA É INVIOLÁVEL EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA, MESMO QUE O ESTADO O AUTORIZE
É muito comum que alguns cristãos acreditem que se o Estado não pune determinados casos de aborto, não seria pecado fazê-los, até porquê muitos destes casos colocam a vida e a saúde da mãe em risco e sendo assim, a vida deve vencer. Como observado nos tópicos anteriores, a Igreja não permite o aborto em nenhum caso. No Brasil, existem três casos em que a prática não é passível de punição: quando ocorre gravidez por conta da violação sexual (estupro), quando a mãe corre risco de vida (aborto terapêutico) e no caso de detecção de anencefalia. O último caso trata-se de uma aprovação por meio de uma interpretação do STF, e é na verdade uma forma eugenística de interrupção da gravidez. No caso do aborto terapêutico, a Igreja preza para que o médico busque salvar a vida da mãe e do filho até as últimas consequências e não optar por um ou outro. No caso de estupro, que é o mais polêmico, é importante saber que se trata de uma vida inocente que está sendo gerada, e se nem o estuprador recebe sentença de morte, porque a criança deveria. Existe a saída para a adoção da criança caso a mãe sinta que não dará conta do mesmo, mas o aborto nunca é a melhor opção.

5) A PROMOÇÃO DO ABORTO, FAZ AVANÇAR A CULTURA DA MORTE
A Cultura da Morte, assim denominada, é reconhecida como todas as campanhas e ações políticas ou sociais que visem o não reconhecimento do Direito à Vida como fundamental e independente de julgamento legal. É tudo aquilo que vai contra a proteção e promoção da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até a sua morte natural. Mostramos em outro artigo aqui neste blog, existem interesses financeiros nessa cultura da morte, a partir do qual, pretende-se implantar uma ditadura à nível mundial, por isso, a apologia ao aborto é apenas um primeiro passo para um mundo pior.

Com base nessas afirmações, se alguém diz ser católico e mesmo assim promove o aborto, é melhor rever seus conceitos e sobretudo, clamar a misericórdia Divina pois São João Paulo II, deixou uma afirmação muito clara na Encíclica Evangelho da Vida: O sangue dos inocentes clama aos céus.

REFERÊNCIAS
1. CIC 2270 a 2275.
2.http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19870222_respect-for-human-life_po.html
3. História da formação e problemática do aborto. 

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