Enquanto muitos ainda comemoram a incipiente vitória das famílias brasileiras no que se refere à exclusão das terminologias "gênero" e "orientação sexual" dos planos estaduais e municipais de educação, eis que surge mais uma ameaça à educação brasileira. Desta vez, para se estabelecer uma imposição definitiva sobre o sistema educacional, que terá como centro não mais as decisões do povo soberano por meio dos seus representantes eleitos legitimamente, mas o próprio poder executivo, sem relação com os demais poderes, assim, pretende-se implantar no Brasil uma base única na Educação. Esta ação, sem sobre de dúvidas será o assalto final às famílias.
Se no ano passado, a população brasileira, acordou a tempo e percebeu a ameaça por detrás da inclusão da Ideologia de Gênero nos planos municipais e estaduais de educação (apesar da recusa unânime da população, que era favorável à exclusão desta terminologia dos planos citados), neste ano, parecem ainda estar adormecidos frente a esta nova estratégia cuidadosamente elaborada, e que se for levada ao fim, não permitirá sequer contestação ou mudanças. Trata-se de uma verdadeira afronta à liberdade das famílias,e à maioria da população, que preza pelo respeito às suas decisões, principalmente no que concerne à educação das crianças.
A Base Nacional Curricular Comum, tem como principal pilar, o estabelecimento de um sistema unificado e padrão na educação para todo o país. Com o estabelecimento da Base, os Estados e Municípios perderão autonomia, e o regime de colaboração constante no artigo 211 da CF, bem como o art. 8º da Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB), serão praticamente inviabilizados tendo em vista que a definição das diretrizes virá do Governo Central. Em que pesem os fatos até aqui expostos, que já são de impressionar, há que se ressaltar o documento que apresenta os conteúdos da BNCC, traz algumas expressões bastante duvidosas, que levantam mais uma vez a questão de Gênero, assentada sobre outras matérias curriculares como a biologia [1], o que por si só, já se mostra incompatível. Além disso, no eixo relacionado ao Ensino Religioso, pretende-se dialogar este assunto com questões atinentes à sexualidade e gênero [2]. Para se ter uma ideia das propostas estapafúrdias do Governo Central no âmbito da educação, poucos meses atrás, no Portal do Professor do MEC, se propunha a sexualização de crianças de 7 a 10 anos [3]. Agora, imagine-se o potencial de destruição através da instrumentalização da Educação controlada pelo Governo.
O que causa espanto, mais uma vez, é audácia dos gestores em procurarem meios de burlar a opinião da maioria da população, através da instrumentalização permanente da educação para os fins desejados destes. Com a aprovação da Base Curricular, a educação deixará de ser um meio para aquisição e disseminação de conhecimentos, tal como deveria ser a sua função, e passará a ser um instrumento que poderá ser aproveitado para manipulação deliberada das massas conforme a filosofia do gestor. Fiquemos portanto atentos às manobras que estão sendo utilizadas, e denunciemos sempre com coragem, as imposições que pretendem se sobrepor aos anseios da maior parcela da população, que preza pelo respeito à vida e à família.
REFERÊNCIA
1.Base Nacional Curricular Comum, p.647
2.Base Nacional Curricular Comum, p.324
3.http://ocatequista.com.br/archives/17247
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