Não é de hoje que
os protestantes questionam a origem e a autoridade dos papas
afirmando que nunca existiu qualquer fato que fundamentasse a
instituição do papado dentro da Igreja Católica. Alguns se dignam
até mesmo de taxar os católicos de “adoradores do papa” ou de
“papistas”. De fato, este é um questionamento muito recorrente e
que possui muitas fontes de contra-argumentação, contudo, neste
artigo vamos apenas nos ater à respostas baseadas na bíblia, afinal
é assim que os protestantes gostam de debater (através da bíblia
embora como já explicamos em outro post,
não é a única fonte de formação para os católicos).
Em primeiro lugar,
vale lembrar que qualquer instituição que se preze necessita de uma
organização hierárquica, assim também deveria ser para com a
Igreja, uma vez que após a ascensão de Nosso Senhor Jesus Cristo
os cristãos deveriam continuar sua missão de evangelização. Por
este motivo, Jesus convocou e deu autoridade aos seus apóstolos para
que estes continuassem a sua missão e a Pedro definiu líder de sua
Igreja, ou como podemos ver nesta passagem, a pedra sobre a qual a
mesma seria edificada (Mt 16,18), notamos neste versículo, a
primeira instituição papal da Santa Igreja.
No evangelho de São
João, 21,15-19, observamos que por três vezes Jesus pede à Pedro
para que este apascente suas ovelhas, ou seja, para que este conduza
o seu rebanho. Vale lembrar que esta passagem precede em pouco tempo
a ascensão de Nosso Senhor aos céus e ocorre logo após a sua
ressurreição, portanto, seria este o momento de instituir
organização na Igreja nascente pois os apóstolos deveriam
continuar a missão evangelizadora na terra. Sabe-se que Pastor é
aquele que tem a incumbência de conduzir, proteger e velar pela
integridade do seu rebanho, além de garantir que nenhuma ovelha se
desgarre do mesmo, observamos deste modo que esta declaração de
Jesus à Pedro, não foi assim tão ordinária ou corriqueira como
exaltam os protestantes.
As escrituras ainda
corroboram a autoridade de Pedro na condução do rebanho na passagem
de Atos dos Apóstolos 1,12-26. Nesta passagem notamos claramente que
a iniciativa para a escolha do substituto de Judas (que nesse caso
seria o apóstolo Matias), partiu de Pedro, inclusive notamos nos
versículos 21 e 22 que foi Cefas quem definiu os critérios para a
escolha dos candidatos: “Portanto, é necessário que escolhamos um
dos homens que estiveram conosco durante todo o tempo em que Jesus
viveu entre nós”. Longo, damos como incontestável a autoridade
que Jesus deu à Pedro e as escrituras confirmam este fato.
Nota-se portanto
que a instituição de Pedro como o primeiro Papa que posteriormente
desencadeou toda a sucessão papal tem fundamento bíblico e não foi
algo “inventado” como exaltam os protestantes, contudo, vale
lembrar que para os Católicos a Sagrada Escritura não é a única
base de fé, mas ficou bem claro neste artigo o fato de que sim,
existe respaldo bíblico para a instituição papal.
Deixamos por fim
uma questão para os leitores: se a autoridade atribuída à Pedro e
aos apóstolos foi dada por Jesus e mesmo assim os protestantes não
reconhecem esta autoridade, (haja vista que questionam a liderança
papal da Igreja), com que autoridade os pseudo pastores instituem
suas seitas, de Jesus ou de si mesmos??? ou mais, quem dá autoridade
para que estes se denominem apóstolos ou Bispos??. Deixamos esta e
outras indagações para reflexão pessoal dos leitores.
você tem algum argumento para me dizer que a Igreja verdadeira e herdeira da tradição dos apóstolos é a católica romana e não a católica ortodoxa?
ResponderExcluirPaz e bem irmão Wilker
ResponderExcluirExistem Inúmeras!! Vou citar apenas uma delas que demonstra a falta de atenção quanto aos ensinamentos de Cristo: O divórcio. O matrimônio é um sacramento, e desde que realizado da maneira correta, ele é indissolúvel, e a declaração de sua ilegitimidade só poderá se dar através de uma análise profunda pelo Tribunal Eclesiástico local. No evangelho segundo São Mateus (Mt 5,31-32), fica claro a doutrina sobre a indissolubilidade, entretanto, por uma interpretação equivocada, a Igreja Ortodoxa, aceita o divórcio. Se trata justamente de sermos fiéis à doutrina verdadeira que não pode ser encontrada fora da Santa Igreja Católica, pois esta sempre foi e sempre será fiel aos ensinamentos de Jesus, não alterando uma "virgula" sequer da doutrina deixada por Cristo. Lembrando que a Igreja Ortodoxa tem comunhão parcial com Roma.
Imaginemos viver em uma religião que aceita normalmente o divórcio. Quantas famílias destruídas!!! Já pensou se eu, um homem casado, só porque me interessei por uma mulher mais nova em meu trabalho divorciar-me da minha esposa e mesmo assim poder assumir outro matrimônio perante o altar? Não seria uma grande contradição até mesmo à Lei Natural??
Abraço
Sou pastor cristão, recuso-me de receber a pecha protestante; e afirmo categoricamente que sua afirmação acerca do divórcio está corretíssima. O sistema religioso protestante é uma farsa, uma grande mentira, como o sistema católico romano também é. São duas organizações religiosas baseasas na mentira e na enganação. O bom mesmo é olhar para Jesus e crer na sã doutrina.
ResponderExcluirBoa tarde Sr. Pastor. Poderia me informar em quais pontos o sistema católico é "mentiroso" por favor para que possamos debater? Desde já declaro que não há como os dois sistemas estarem errados, um deverá estar certo. A Igreja Católica reconhecesse por intercessora Maria Santíssima, já a Igreja protestante não. Então, se a Igreja Católica estiver correta, os protestantes estão cometendo sacrilégio ao não reconhecer a Mãe de Deus como intercessora, por outro lado, se as seitas protestantes estiverem corretas, quem está cometendo pecado é a Igreja Católica. Caro Pastor, mil mentiras não são capazes de construir uma verdade. Algo tem que ser verdade, ou estaríamos vivendo de ilusão. Não podem existir duas verdades, ou algo é ou não é. Abraços e aguardo respostas!!!Fique com Deus
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