Ressaltamos
em outro artigo aqui neste blog que para os marxistas existe uma luta
de classes que perpassa
as esferas social
e econômica da sociedade.
Para os ideologistas da
esquerda, a família dita
tradicional (homem+mulher+filhos), sendo
fruto do sistema capitalista, é também
um segmento deste modelo
que propaga a submissão
de
pessoas para
o núcleo privado
da sociedade (contexto do
lar). Em
outras palavras,
assim como no sistema
capitalista, existe um
patrão que considera seus empregados como propriedade sua, utilizando-os
de maneira a gerar-lhe
benefícios (lucros), também
no
contexto familiar existe a figura paterna equiparada a do patrão que
submete os demais entes do lar em “escravos” seus(1).
Neste artigo, vamos
demonstrar como esse tipo de pensamento está colocando pais contra
filhos, emergindo inclusive no poder legislativo a retirada de poder
dos pais.
Conforme
a ideologia de esquerda avança na sociedade, emergem junto com esta,
formas
esdrúxulas de considerar o funcionamento do sistema. Chega-se
ao ponto de afirmar que os filhos devem ter condições de decidir
por si só a sua forma de viver, sem a interferência daqueles que
lhes deram
a vida e o sustento, ou seja, os seus pais. Aos
poucos, vão se inserindo regras que retiram totalmente o poder dos
pais de educar os seus filhos segundo seus próprios métodos. Para
se ter uma ideia deste fato, poucos meses atrás, aprovou-se no
congresso uma lei que impede os pais de darem
“palmadas” para educar seus filhos. Mas a história não termina
por aí, além de criminalizar os pais ao utilizarem destes métodos
para a educação,
nominaram a lei de “Menino Bernardo”, equiparando as palmadas a
um assassínio cruel, conforme destacamos aqui neste outro artigo.
O
centro de todo esta imposição não está somente na questão da
violência, mas sobretudo na estratégia de se equiparar a autoridade
dos filhos à dos pais, dando àqueles a noção de serem
proprietários de seus próprios princípios sem a necessidade dos
seus pais. Essa questão ainda se alarga para outros aspectos
específicos, por exemplo, para implantação da ideologia de gênero
no sistema educacional. É de suma importância que os filhos tenham
opiniões e tenham autonomia suficiente para dirigir sua vida, e
sendo assim, mesmo que seus pais tentem educar seus filhos conforme
seus aspectos físicos (educar meninos como meninos e meninas como
meninas), estes poderão contrariar essa regra tanto no meio social
quanto no familiar.
Com
a perda da autoridade dos pais em educarem seus filhos, estes poderão
serem doutrinados da maneira mais permissiva nos meios educacionais.
As
crianças e os jovens serão instrumentalizados para disseminar as
ideologias nefastas do socialismo gramsciano. Durante
um Congresso realizado pelo Partido Popular Europeu, em 2006, o Papa
Bento XVI deixou muito claro que os valores cristãos da família
original, da vida em todas as suas fases e da tutela do direito dos
pais em educarem seus filhos são inegociáveis (2).
Diante
dessa afirmação do Papa Emérito, não restam dúvidas de que todo
o cristão que se preze deve lutar constantemente para que os pais
não percam sua autoridade paternal perante
seus
filhos, que
na verdade é um dever natural dos mesmos.
Por
fim, deve-se ter sempre em mente que o fim da autoridade dos pais
representa o triunfo dos ideais da cultura da morte. Pensemos por
exemplo, num pai que descobre o sexo da criança antes do mesmo
nascer através de um ultrassom. A partir desse momento, o mesmo irá
se preparar para comprar as roupas e arrumar o quartinho de acordo
com o sexo. Porém, ao longo da vida estudantil essa criança ficou
exposta à ideologia de gênero e os seus professores a
ensinaram que seus pais construíram o seu pensamento direcionando-o
para que o mesmo fosse de menino ou menina, mas tudo isso por meio de
meras
construções
sociais. Diante disso surgirá uma ideologia que dará à criança a
autonomia para escolher um “gênero” diferente daquele que a
natureza lhe deu e os seus pais seguiram,
e estes por sua vez não poderão ensinar o contrário pois perderam
a autoridade sobre os mesmos. Essa
incoerência já está muito presente em várias nações e aqui no
Brasil chega sorrateiramente.
Esse
foi mais um exemplo da estratégia que está sendo proposta pela
cultura da morte. Nos resta apenas lutar com todas as forças para
que ainda se mantenha a autoridade paterna, pois quando isso chegar
ao seu ponto mais alto, não haverá autoridade possível que
restitua a moral que foi perdida pela destruição desse
pensamento. As crianças serão doutrinas nas escolas e na sociedade
envolta pelo marxismo e os seus pais nada poderão fazer em relação
a isso. Rezemos constantemente contra isso.
REFERÊNCIAS
1.FRIEDERICH
ENGELS. A origem da família, da propriedade privada e do Estado.
2.
BLOG ECCLESIA UNA: Vai votar? conheça os três princípios
inegociáveis pelos cristãos na discussão política.
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