Aqui
neste blog, alguns dias atrás, um colega Protestante que se
apresentou com o nome de Antônio nos questionou sobre a missão de
Maria no Plano de Salvação da humanidade. Sua indagação trouxe
uma série de dúvidas, as quais buscaremos responder aqui neste
blog, com base na Sagrada Escritura e no Sagrado Magistério. Essa
análise centra-se sobretudo nos seguintes tópicos: Qual foi a
missão de Maria? Sua missão acabou mesmo após o parto conforme
alegam os protestantes? Se isso for verdade, pela lógica podemos
concluir que ela ficou liberada para viver plenamente o seu casamento
com o marido José, e por que não o fez? Antes de tudo, vejamos a
afirmação do colega antes mencionado.
“...e também dúvido que José não cumprisse com seu dever de marido, não vamos esquecer que Maria foi escolhida por Deus para dar á luz Jesus ora isto foi um ministério de Maria que acabou ao ter Jesus”
Em
primeiro lugar, cabe ressaltar que para se encontrar a verdade, não
podemos partir de determinados “achismos”, ou seja, a verdade
deve ser concebida através de uma realidade ontológica, ou uma
coisa é ou ela não é. Logo de início, o comentarista faz sua
crítica partindo de um pressuposto infundamentado e criado por ele
mesmo, ao afirmar que São José teria cumprido sua missão plena de
marido (inclui-se a procriação), sem qualquer fundamento lógico.
Sem dúvida, Deus deu a São José a missão de ser o provedor e
protetor da Sagrada Família, ao aceitá-la ele abdicou dos prazeres
do mundo, a fim de garantir o sustento material e espiritual do
Salvador e de sua Mãe.
O
ponto contraditório da argumentação, encontra-se na afirmação do
irmão protestante ao dizer que a missão de Maria acabou quando ela
deu a luz a Jesus, ou seja, ela serviu apenas de intermediária para
trazer o verbo ao mundo, tendo terminado sua missão após isso, mas
vejamos como essa afirmação é equivocada. Na passagem descrita em
Lucas 2,51, o evangelista afirma claramente que Jesus era submisso
aos seus pais, e portanto, por esta descrição, não restam dúvidas
de que a missão de Maria não acabou ao dar a luz ao Salvador, e a
lógica do irmão não é válida neste ponto.
Na
passagem do milagre de Jesus, em que este transformou a água em
vinho nas Bodas de Caná também denotamos a importância da missão
de Maria na história da salvação do homem, quando por meio do
pedido dela o Senhor realiza o primeiro milagre (Jo 2,1-11). Há que
se observar ainda o trecho das Sagradas Escrituras que faz referência
à apresentação de Jesus no templo, pois mesmo sendo Filho de Deus,
foi levado pela sua mãe para ser consagrado conforme a lei judaica,
ou seja, se a missão de Maria findasse após o nascimento de Jesus,
não haveria necessidade deste ser levado pela sua mãe à ser
apresentado ao templo.
Deus
escolheu Maria para ser a mãe do Salvador e não foi por acaso como
manifestam os protestantes por aí, que não cansam de afirmar que
ela foi uma “mulher como qualquer uma”. Ao afirmar isso
contradizem a própria Escritura que a chama de “bendita entre as
mulheres” (Lucas 1,42). Apesar disso, é muito interessante
reconhecer que Deus a escolheu por não encontrar no mundo tamanha
humildade(1), uma vez que num mundo carregado de pecados,
não teria o Senhor encontrado mãe mais perfeita que a virgem de
Nazaré, e foi por isso que deu a ela a missão de trabalhar pela
salvação da humanidade junto com o seu filho desde a sua concepção
até a cruz, quando subiu junto com este ao calvário, sofrendo as
dores do seu filho conforme profetizara Simeão anos antes. Para, saber mais sobre os fundamentos dos dogmas marianos acessem estes artigo: intercessão de Maria
REFERÊNCIAS
1.
São Luiz Monfort. Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima
Virgem Maria
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