Evento realizado anualmente reúne pessoas em busca de uma formação sólida na defesa da vida e da família
A
terceira edição anual do Seminário de Bipolítica, realizado no
último dia 03 em Curitiba, garantiu as bases de conhecimento para a
luta e tomada de ações de todos os interessados na defesa da vida e
da família em nosso país. A primeira palestra, foi proferida pela
Dra. Andrea Dal Prá que abordou o contexto histórico da Cultura da
Morte desde a expansão do cristianismo sobre o império romano até
o momento. A historiadora ressaltou a importância da doutrina cristã
na construção da sociedade, e sua consequente expansão que
permitiram a solidificação dos conceitos básicos da dignidade da
pessoa humana, conceitos estes que eram negligenciados pela cultura
romana nos primeiros anos da era cristã. A palestrante lembrou ainda
que o avanço da cultura da morte em nossos dias, está promovendo
mesmo que indiretamente um retorno à cultura vigente no império
romano, onde se vivia a sexualidade desregrada e o desprezo pelos
mais fragilizados.
A
segunda palestrante, foi a Dra. Renata Gusson, que discorreu
principalmente sobre a cultura da vida e a vivência na família.
Alertou a todos que a luta pela vida começa dentro das nossas
próprias casas, e nossa conversão deve refletir também o nosso
empenho na defesa da vida. Destacou que é paradoxal defendermos a
vida e ao mesmo tempo fazer uso de anticoncepcionais que sem dúvida,
não tem outro fim senão desviar o fim da relação sexual
retirando-o da dimensão da formação familiar e transferindo para o
prazer. Ressaltou ainda a questão da Ideologia de Gênero e o perigo
da implantação desta na educação, que certamente provocará
efeitos nefastos sobre o futuro das crianças. Explicou ainda a
partir de um conteúdo lógico, como o fim da relação sexual tende
à formação de uma família e por este motivo, as relações entre
pessoas do mesmo sexo desviam do fim natural proposto pela ordem
divina.
As
duas últimas palestras foram proferias pelo Sr. Raymond Souza, que
atua nos Estados Unidos através do Human Life Internacional, um
movimento de formação pró-vida e pró-família mundial. Raymond
esclareceu a tríplice agenda da cultura da morte constante na
Evangelium Vitae (aborto, eutanásia e uniões homoafetivas),
destacou que em muitos países os católicos estão vivendo um estado
de profundo “sono”, abandonando a luta pela vida pensando que por
si só o mundo dará conta de resolver este problema tão grande da
cultura da morte. Usou como exemplo Portugal, um país que possuí
uma parcela significativa de católicos, mas que nos últimos anos
deixou passar sem reações leis que favorecem o aborto e a união
homoafetiva. Na palestra final, destacou que precismos nos unir e
fazer valer a luta pró-vida através da integração com outras
entidades e instituições que comungam do mesmo ideal.
O
evento contou ainda com a presença do Arcebispo Metropolitano, Dom
José Antonio Peruzzo que destacou o trabalho desenvolvido pelos
movimentos pró-vida na região e lembrou da necessidade de se
constituir grupos de apoio à discussão da bioética para avançar
no valorização da vida e da família em nossa região.
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