O lamentável desrespeito à cultura judaico-cristã que expõe a triste decadência da Sociedade Ocidental europeia.
O
aniversário de um ano do triste atentado promovido pelo grupo
radical Estado Islâmico à cartunistas de um jornal satírico de
Paris, foi marcado por um ato lamentável de generalização e
vilipêndio promovido pelo mesmo periódico. A capa da edição
apresenta uma representação de Deus carregando um fuzil,
expressando ódio e sujo de sangue. Enquanto na capital francesa se
recorda brutalidade dos atentados com essa ação preconceituosa, no
mundo inteiro, e especialmente no oriente, vidas de cristãos estão
sendo ceifadas pela maldade do mesmo grupo que cometeu os atentados
em Paris sem que a mídia dê qualquer atenção.
Criança sendo vendida como escrava sexual
pelo Estado Islâmico
Se
agindo por esse caminho, a Sociedade Ocidental europeia negligencia o
fato de que as demais religiões Javistas (católicos, protestantes,
judeus, espíritas) também são vítimas destas atrocidades que
avançam pelo mundo, por outro, expõem uma mazela terrível que está
se propagando por todo o continente: o fim dos pilares que sustentam
a sua milenar cultura. Toda a sociedade ocidental foi constituída
sob os pilares do cristianismo que trouxe consigo as bases do chamado
Direito Natural que nada mais é que o respeito a dignidade da vida
humana independentemente de determinação legal. Por exemplo, o
direito à vida, é algo tão intrinsecamente vinculado à dignidade
da pessoa humana, não havendo necessidade de se discutir se trata-se
de um direito em si ou não. Um dos pontos fundamentais do Direito
Natural, conforme a filosofia de Santo Tomás de Aquino é a própria
concepção de que a ordem do cosmos é regida por um ser que supera
o homem em inteligência (o autor de tudo) e que por isso mesmo,
criou em seu coração uma Lei Natural que o impele a respeitar a
dignidade da vida dos demais seres humanos. O que o EI faz, apesar
de sua crença em Deus (ou Alá), é justamente o contrário do que
sempre esteve arraigado na cultura judaico-cristã ocidental.
O
continente europeu vem há muitas décadas negligenciando o respeito
à dignidade da pessoa humana e se afastando de Deus. Os países que
lideram em crescimento proporcional, o percentual de islâmicos e que
são os principais redutos terroristas, foram os pioneiros a adotar
políticas de contracepção, suicídio, relações sexuais
desreguladas e eutanásia. Veja-se o caso especificamente da Bélgica,
que é hoje um dos focos mais preocupantes do terrorismo no ocidente,
além de ser o país que exporta o maior número de jihadistas ao
mundo. A cultura ocidental na Europa, em poucos anos será
subvertida, porém, antes de preocupar-se em atacar o foco deste
problema, ou seja, a marginalização da instituição que lançou as
bases de sua cultura, estão na verdade dilapidando ainda mais a sua
própria essência.
Diante
desta atitude generalista dos editores desta revista podemos apenas
lamentar o triste fato de perceber que a luta promovida está se
movendo justamente para o lado errado. O combate ao problema
existente na Europa deve ser feito através de evangelização e
retomada da sua própria identidade que aos poucos vai sendo
destruída pelo indiferentismo predominante. Sem dúvida, um dos
movimentos que mais contribui para esta situação no ocidente, foi a
hegemonia do pensamento materialista arraigada na ideologia marxista,
que busca a exclusão de Deus na condução da sociedade. Que Deus
tenha piedade da sociedade europeia, pois diante da atual situação,
resta-nos apenas rezar e lutar para que se levantem corajosos
apóstolos que lutem firmemente com a espada da palavra.
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