Saiba por que um Católico não deve militar jamais a favor do aborto em nenhuma circunstância.
Poucos
dias atrás, logo após a aprovação do PL 5.069/2013 na CCJ,
lançamos aqui neste blog uma nota de comemoração, congratulação
e denúncia, apontando os nomes daqueles parlamentares que
manifestaram voto contrário e favorável ao projeto que pretende
eliminar todas as brechas legais ao aborto no país. Ocorre que logo
em seguida, uma pessoa anônima, lançou uma série de comentários
preconceituosos e histéricos neste blog, defendendo o aborto em caso
de estupro e inclusive, taxando-nos de apologistas ao crime de
violência sexual. O que mais chamou a atenção foi saber que esta
pessoa se dizia cristã, e pior de tudo, católica, pois alegava que
Nossa Senhora estaria “triste”, por nos envolvermos na defesa da
vida. Neste artigo, queremos esclarecer através de 5 argumentações
claras que demonstram porque os católicos devem defender a vida sob
qualquer circunstância. Vejamos então os pontos principais através
da Sagrada Escritura, Magistério e Tradição que apontam para o
caso.
1)
5º MANDAMENTO: “NÃO MATARÁS”
Sabe-se
que na história da humanidade, o aborto e a eugenia sempre foram
tratados de forma normal na maioria das sociedades pagãs, contudo, a
sociedade judaico-cristã, jamais tolerou este tipo de prática
apesar de não haver qualquer menção explícita nas sagradas
escrituras que trate especificamente desta temática. A consideração
do aborto como pecado, deve-se à compreensão mais profunda do
quinto mandamento da lei de Deus, que pugna pela proteção da vida
humana em todos os seus estágios. Em que pese a falta de
instrumentos científicos que pudessem oferecer a compreensão
acurada sobre os aspectos mais profundos da vida intra-uterina, o
aborto sempre foi condenado por ser concebido como um assassinato, e
portanto, um pecado grave. Os cristãos dos primeiros séculos
através do Didaquê contemplaram de forma mais clara a proibição
sobre o aborto.
2)
O SAGRADO MAGISTÉRIO DA IGREJA CONDENA A PRÁTICA DO ABORTO
O
Magistério da Santa Igreja, apresenta uma série de argumentações
contrárias ao aborto. O Catecismo da Igreja Católica, dedica nada
menos que 5 itens que dão conta da temática do aborto [1],
demonstrando de forma clara a posição da Igreja e dos Católicos
fiéis ao magistério, em relação a esta prática, além disso,
nesta sequência fica claro que tanto a prática como a apologia
direta ou indireta ao aborto tem como pena a excomunhão automática.
O Papa São João Paulo II, através da Encíclica Envagelium Vitae
não somente condena e denuncia a recorrente prática ao aborto em
nossos tempos como incita os fiéis à se levantarem e se organizarem
pela Cultura da Vida. O Concílio Vaticano II, foi enfático nessa
questão ao afirmar que: “a vida, uma vez concebida, deve ser
protegida” [2].
3)
OS ESCRITOS E OS TESTEMUNHOS DOS SANTOS
Grandes
santos da Igreja deram seus testemunhos e denunciaram a Cultura da
Morte presente em seu tempo. Além de São João Paulo II, também,
os representantes de patrística exortaram os fiéis à não
recorrerem ao aborto, sob pena de condenação. São Basílio de
Cesaréia, um dos maiores nomes da corrente teológica denominada
patrística, afirmava já em 374 que qualquer pessoa que a pessoa que
destrói propositadamente um feto incorre em pena de assassinato [3].
Além dos escritos, a Igreja tem também seus testemunhos de vida
como a de Santa Gianna Beretta Mola que preferiu correr o risco de
morrer por conta de complicações no parto a abortar.
4)
A VIDA É INVIOLÁVEL EM QUALQUER CIRCUNSTÂNCIA, MESMO QUE O ESTADO
O AUTORIZE
É
muito comum que alguns cristãos acreditem que se o Estado não pune
determinados casos de aborto, não seria pecado fazê-los, até
porquê muitos destes casos colocam a vida e a saúde da mãe em
risco e sendo assim, a vida deve vencer. Como observado nos tópicos
anteriores, a Igreja não permite o aborto em nenhum caso. No Brasil,
existem três casos em que a prática não é passível de punição:
quando ocorre gravidez por conta da violação sexual (estupro),
quando a mãe corre risco de vida (aborto terapêutico) e no caso de
detecção de anencefalia. O último caso trata-se de uma aprovação
por meio de uma interpretação do STF, e é na verdade uma forma
eugenística de interrupção da gravidez. No caso do aborto
terapêutico, a Igreja preza para que o médico busque salvar a vida
da mãe e do filho até as últimas consequências e não optar por
um ou outro. No caso de estupro, que é o mais polêmico, é
importante saber que se trata de uma vida inocente que está sendo
gerada, e se nem o estuprador recebe sentença de morte, porque a
criança deveria. Existe a saída para a adoção da criança caso a
mãe sinta que não dará conta do mesmo, mas o aborto nunca é a
melhor opção.
5)
A PROMOÇÃO DO ABORTO, FAZ AVANÇAR A CULTURA DA MORTE
A
Cultura da Morte, assim denominada, é reconhecida como todas as
campanhas e ações políticas ou sociais que visem o não
reconhecimento do Direito à Vida como fundamental e independente de
julgamento legal. É tudo aquilo que vai contra a proteção e
promoção da dignidade da vida humana, desde a sua concepção até
a sua morte natural. Mostramos em outro artigo aqui neste
blog, existem interesses financeiros nessa cultura da morte, a partir
do qual, pretende-se implantar uma ditadura à nível mundial, por
isso, a apologia ao aborto é apenas um primeiro passo para um mundo
pior.
Com
base nessas afirmações, se alguém diz ser católico e mesmo assim
promove o aborto, é melhor rever seus conceitos e sobretudo, clamar
a misericórdia Divina pois São João Paulo II, deixou uma afirmação
muito clara na Encíclica Evangelho da Vida: O sangue dos inocentes
clama aos céus.
REFERÊNCIAS
1.
CIC 2270 a 2275.
2.http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_19870222_respect-for-human-life_po.html
3.
História da formação e problemática do aborto.
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