Conheça a verdeira problemática em relação ao assunto e por que devemos ser contrários à FIV
Existe uma polêmica grande quando
se trata do tema Fertilização In Vitro. Apesar da boa disseminação pelas redes
sociais, poucos são os meios que evidenciam de fato a verdadeira e mais problemática
face desta questão. Apesar da pouca ênfase, é importante lembrar que no contexto atual, no qual se aprofunda a relativização da humana, potencializada
pelo avanço da revolução sexual, o assunto tende a ser tratado de forma
parcial, sem que se mostrem os resultados abomináveis que provém do mesmo.
É importante compreender antes de
tudo o que é a Fertilização in Vitro ou FIV como é mais comumente conhecida. Trata-se
de uma técnica de reprodução assistida que consiste na coleta de gametas
masculinos e femininos, de modo que a fecundação ocorre em laboratório de
forma manipulada (por isso do nome “In Vitro”) até que o embrião esteja pronto
para em seguida, ser implantado no útero, a fim de que se dê continuidade à
gestação iniciada fora do ambiente natural. Até aqui, as informações que se têm
a respeito da técnica são unânimes, bem como as críticas que são disparadas
contra a Igreja e outras pessoas que veem a questão sob um âmbito mais liberal. No
entanto, os interesses e problemas por detrás da temática são muito mais
profundos que a mera visão técnica ou processual como se pretende apresentar à
sociedade.
Em primeiro lugar, trabalhando
mais profundamente sob o conteúdo técnico da questão, importa ressaltar que
neste tipo de reprodução as chances de sucessos variam diretamente com o
número de embriões gerados, de modo que um procedimento será tanto mais eficiente quanto maior o
número de embriões excedentes para garantir o resultado desejado [1]. O que
fazer então com este excedente? Geralmente estes ficam congelados para
que possam ser utilizados num momento oportuno ou ainda, no
desenvolvimento de pesquisas, quando não, descartados. Segundo estimativas do Sistema Nacional de Embriões,
hoje existem no Brasil cerca de 150 mil embriões congelados. Mas
que preocupação nós devemos ter com os embriões? Quais limites éticos que devem envolver esta questão?
Em que pese nos dias atuais ser cada vez mais
recorrente a ideologia assente de que o embrião não comporte qualquer aspecto
humano, uma vez que se tenta justificar por uma tese absurda, que o mesmo não tem
consciência ou poder de ação na sociedade (como se a vida dependesse unicamente
das relações sociais), e portanto, não merece tanta atenção como é dada pelos pró-vidas, é fato consolidado e conclamado pela ciência que se o
embrião não é um ser, então nenhum de nós o poderia, pois algum dia também fomos um
embrião. Bater nesta tese sem fundamentos seria o mesmo que afirmar por exemplo,
numa comparação bem rasa, que uma árvore nunca foi semente, ou ainda, querermos
preservar uma mata sem dar atenção às sementes. O cientista francês Jérônime
Lejeune, considerado o “pai da genética moderna” e descobridor da origem
genética da Síndrome de Down sempre defendeu de forma muito racional esta
tese, senão vejamos uma afirmação bastante esclarecedora sobre o assunto:
“Se um óvulo fecundado não é por si só um ser humano ele não poderia tornar-se um,pois nada é acrescentado a ele." [2].
É importante observar ainda que na reprodução assistida, o
elemento essencial para a geração natural de um ser humano, o amor conjugal,
não se faz presente, de modo que a constituição da vida ocorre como se fosse
uma mera produção manipulada, em outras palavras, uma manufatura biológica por
assim dizer. Este fato traz consigo uma série de abominações que ajudam a
relativizar cada vez mais o ser humano, como o caso de homossexuais que tem
procurado mulheres dispostas a “alugar” seu ventre para gestar crianças, em
troca de dinheiro. Não bastasse isso, em casos mais recentes, dois homens cedem
seus espermatozoides para que a fertilização ocorra, de modo que tudo se passa
como se fosse um jogo, uma verdadeira brincadeira com a vida de pessoas
inocentes.
A disseminação de métodos de reprodução assistida e seu uso
indiscriminado jamais poderão comungar com os princípios cristãos,
especialmente a caridade, e isto já foi comprovado nos parágrafos anteriores
deste post, contudo, há quem diga que alguns métodos naturais sem sucesso, como
o aborto espontâneo, também geram a morte. Com toda a certeza, quem sofre com
estes problemas, poderá procurar um especialista para o devido tratamento,
contudo, não se pode fechar os olhos e admitir que a vida humana seja manipulada
e controlada como se fosse um objeto qualquer.
Um cristão que se preze não deve jamais defender uma
abominação destas, todavia, a disseminação de informação legítima sobre o
assunto é necessária para que as pessoas movidas pelo interesse próprio ou pela
oportunidade de gerar a vida, não caiam no engodo de muitos que tentam esconder
o verdadeiro problema por detrás da questão. O Catecismo da Igreja Católica é
taxativo em relação a este tema [3] ao abordar as conseqüências espirituais
desta técnica e o caminho penitencial que um casal deve correr caso sofra com a
esterilidade. Caso você conheça algum irmão ou irmã que pretende fazer uso
desta técnica, não deixe de alertá-lo sobre o que tratamos aqui.
REFERÊNCIAS
1.
http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2015/07/jn-mostra-discussao-delicada-sobre-destino-dos-embrioes-congelados.html
3. Catecismo da Igreja Católica
(2376, 2378, 2379)
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